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Mostrando postagens de outubro, 2012

O futebol da gente pequena

Por Genaldo de Melo Apesar de ter jogado uma bolinha lá na minha cidade natal, Porto da Folha, quando criança, nunca fui bom de bola, e nem mesmo entendi suas estratégias. Mas mesmo assim sempre gostei do bom futebol, e principalmente daqueles que tem condições necessárias para pensar como ser vencedor no campo, em todos os sentidos. Na raça, na arte ou na artimanha, porque futebol é assim mesmo! Futebol é uma arte e um espetáculo apreciado por todos os brasileiros. Lembro-me da surra que levei de minha mãe em 1982 por causa de futebol, na época da TV preto e branco com uma tela colorida para camuflar um aparelho que de fato era preto e branco, do “Zé Matuto” que foi à praia de Luís Gonzaga, do milho verde assado na fogueira de São João e das grandes vitórias do Brasil sobre a Nova Zelândia e a Escócia por 4x0 e 4x1, respectivamente. O futebol era uma paixão tão grande da gente, que ninguém estava preocupado se a mãe da gente não compreendia da nossa paixão em ver Zico, Sóc

Vamos bastar de lixo cultural!

Por Genaldo de Melo Houve um tempo em que a formação de nosso povo através da criação literária, das artes e da dramaturgia foi considerada coisa séria e teve investimento humano e político necessário da parte dos atores principais que estavam imbuídos da responsabilidade de formar opinião através disso. Nesse tempo cultura era considerada coisa séria e necessária, e ainda tinha gente séria envolvida no processo. Houve um tempo em que assistir novela na televisão era um dos principais ingredientes da formação de nossa juventude, e entretenimento capaz de formar bons cidadãos, entre os homens e as mulheres de nossa sociedade. Mas parece que os principais responsáveis por isso no Brasil ou regrediram os juízos ou estão de propósito a incutir em nossas mentes valores falsos que procuramos a todo custo combatê-los, porque na realidade queremos uma sociedade sadia para todos. Apresentar o que existe de pior na natureza humana não é formar ninguém, principalmente as novas

Moral e política das eleições

Por Genaldo de Melo Passado o processo eleitoral, ufanismos tomam conta dos vencedores e bodes expiatórios são criados por outros que não lograram êxito nas urnas. Porém é assim mesmo. Eleição é feita para poucos ganharem. Vivemos numa democracia representativa, e não se pode todo mundo que for candidato ganhar. Mas essa eleição consolidou de vez o jargão de que política não tem nada a ver com moral ou ética. Não é novidade para ninguém, principalmente para os atores do mundo político, que nem sempre os melhores e mais bem intencionados candidatos vencem, porque o poder econômico sobrepuja as boas intenções de candidatos, que mesmo sem mandatos já desenvolvem trabalho social, articulado inclusive com o Poder Público. Isso porque a maior parcela dos eleitores não sabe exatamente o que significa mesmo política no sentido mais literal da palavra. Sabem apenas que política é eleição de dois em dois anos. Aliás, nem tempo para isso tem, aliado ao fato de faltar no Brasil um prog

Eleições, povo ignora (de)formadores de opinião

Fonte: A justiçeira de esquerda   Merval Pereira, colunista de O Globo e militante do Millenium, previu a derrocada do PT nas eleições com a exploração do mensalão pela oposição e vaticinou que Serra venceria com facilidade uma eleição sem adversários a sua altura... Resultados confirmam que o povo ignora (de)formadores de opinião As eleições de 2012 estão sendo uma desagradável surpresa para a maioria dos analistas da “grande imprensa”. Quase tudo que esperavam que fossem, elas teimam em não ser. Ficaram atordoados com os resultados de 7 de outubro. Devem ficar ainda mais com os que, provavelmente, teremos no segundo turno. Prepararam a opinião pública para a vitória de Serra em São Paulo. Quando, em fevereiro, o PSDB paulista implodiu o processo de prévias partidárias, fizeram crer que um lance de gênio acabara de ser jogado. Para sua alegria, Serra aceitara ser candidato. Quem leu os “grandes jornais” da época deve se recordar do tom quase reverencial com

A derrota das oposições

DEBATE ABERTO A derrota, nestas eleições de 2012, fica com as oposições. Em primeiro lugar, há uma derrota moral. Sem alternativas a propor, desossada do ponto de vista programático, em sua retórica nacional, capitaneada pela mídia conservadora e pelo candidato pessedebista à prefeitura de S. Paulo, tudo o que as oposições apresentaram foi a consigna de “remember Mensalão”. Flávio Aguiar De Reykjavik Ainda não se sabe qual será o resultado do segundo turno. Vamos aguardar. Mas uma coisa já se sabe: a derrota, nestas eleições de 2012, fica com as oposições. Em primeiro lugar, há uma derrota moral. Sem alternativas a propor, desossada do ponto de vista programático, em sua retórica nacional, capitaneada pela mídia conservadora e pelo candidato pessedebista à prefeitura de S. Paulo, tudo o que as oposições apresentaram foi a consigna de “remember Mensalão”. Requentaram o prato inventado, nunca provado. Inventaram seu “herói alternativo”, o ministro Joaquim Barbosa, também

Por que Haddad será eleito

Por Mauro Santayana, em seu blog : A menos que haja um terremoto de oito pontos na escala Richter, ou os céus derramem de novo o dilúvio – e desta vez só sobre São Paulo -Fernando Haddad deverá ser eleito hoje prefeito da maior cidade do Hemisfério Sul. O ex-ministro da Educação não é ainda uma figura carismática da política, mas sendo homem jovem, não lhe foi difícil comunicar-se com a população. Homem de boa formação, soube dialogar com os auditórios de classe média e, não sendo de postura arrogante, tampouco teve dificuldades em conversar com os que sofrem na periferia. Além disso, a candidatura de seu adversário, fora outras dificuldades, arrastava o fardo da administração Kassab. Os paulistanos queriam mudança. A cidade de São Paulo é, em si mesma, realidade política própria – pela densa população, pela identidade cultural, e pela economia que, há quase cem anos, é a mais importante da federação. Os poderes de fato da grande cidade raciocinam com pra

Besteiras “imortais” de Merval Pereira

Por Altamiro Borges Muitos “calunistas” da velha mídia estão com enxaqueca. Eles previram que as esquerdas - principalmente o PT - seriam derrotadas nas eleições municipais; que a liderança do ex-presidente Lula estava “definhando”; que Serra atropelaria o “poste” Fernando Haddad; e que o midiático julgamento do “mensalão” ressuscitaria a oposição demotucana. Erraram feio nas suas previsões – ou melhor, na sua torcida! Entre eles, um merece destaque pelas besteiras “imortais” que escreveu: Merval Pereira, o colunista das Organizações Globo. Em junho, no artigo intitulado “O mito e os fatos”, publicado no jornal O Globo, ele escreveu: “O candidato do bolso do colete de Lula, o ex-ministro Fernando Haddad, continua sendo apenas isso, mais uma invenção do ex-presidente... Se juntarmos a redução da influência de Lula no eleitorado com a incapacidade demonstrada até agora por Fernando Haddad de ser um candidato minimamente competitivo, teremos uma eleiç

O convescote da mídia antidemocrática

  O fato é que os barões da mídia esperneiam por não “compreenderem” os ventos que sopram no momento atual   Editorial Brasil de Fato  Entre os dias 12 e 16 de outubro, reuniram-se, em São Paulo (SP), os barões da mídia, para realizar a 68ª Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP). Essa organização nasceu em Cuba, durante a ditadura de Fulgencio Batista, quando a ilha caribenha se notabilizava pelos cassinos e prostíbulos controlados pela máfia. A Revolução Cubana de 1959 mudou essa realidade. Há outra razão para a SIP ter tanto rancor e ódio dos irmãos Castro? Mais tarde, sediada em Miami (EUA), a SIP transformou-se rapidamente em um braço funcional da CIA. Nessa condição, apoiou e se beneficiou das ditaduras militares que se instalaram no continente latino- americano. Hoje, esses mesmos que vicejaram nas sombras das ditaduras, se dizem paladinos da democracia e se mostram preocupados com os governos populares democra

O Brasil e a crise síria: o que quer a senhora Clinton?

Editorial do Vermelho A declaração da secretaria de Estado dos EUA, Hillary Clinton, de que “o Brasil é uma voz muito importante para tentar resolver a crise" na Síria, na quarta-feira (24) a jornalistas em Nova York, depois de uma reunião com o chanceler brasileiro Antonio Patriota, foi quase um pedido para a diplomacia ajudar a deslindar a sangrenta crise provocada naquele país depois das ações armadas de “rebeldes” apoiados precisamente pelo governo dos EUA. E um claro desmentido da torcida negativa que, na mídia conservadora brasileira, tem tentado desqualificar qualquer tentativa brasileira de apoiar, pelo mundo, os esforços pela paz. O comentário de Hillary Clinton vem num momento favorável à paz, apesar da política intervencionista das grandes potências imperialistas. Tanto o governo do presidente Bashar Al-Assad quanto líderes da oposição armada concordaram em um cessar fogo entre a manhã da sexta-feira (26) e a segunda-feira (29), em virtude de um feriado religioso.

Pepe Escobar: “Mitt, o empastador de mulheres”

É o ciclo de memes que devorou a cidade – e a nação, por falar disso. Ninguém escapa ao ataque de “Pastas cheias de mulheres”: de Tumblr a um tsunami de tuítes, da melhor página de Facebook em eras [1] à encenação em 2 Live Crew e mais, e mais. Por Pepe Escobar, no Asia Times Online Pesquisa informal conduzida por esse colunista numa pasta cheia de mulheres da Califórnia, de Malibu a Hollywood via Beverly Hills, revelou absoluto, total, sem alívio, rejeição/incômodo/gargalhadas sobre o mais recente surto, ao vivo, de Mitt, o feminista. Citando aquele grande geopolitólogo da alma Brian Wilson [2], bom seria se todas fossem garotas da Califórnia. Mas o veredicto ainda não foi lavrado e depende, completamente, de mulheres indecisas nos estados indecisos cruciais do Colorado, Virginia e Ohio. Para os que ainda não tenham sido informados sobre esse terremoto social equivalente a uma pane na fechadura do closet de roupas de Britney Spears: no debate da segunda-feira, entre candidatos

O resgate de São Paulo

Por Emir Sader São Paulo, uma das cidades mais extraordinárias do mundo, se tornou uma cidade triste, cinzenta, cruel, de exclusão, de discriminação, de intolerância. Tornou-se a cidade mais injusta do Brasil, pela brutal polarização entre a mais desenfreada riqueza e os maiores polos de pobreza, de miséria, de abandono do Brasil. A isso ficou reduzida nossa querida São Paulo nas mãos da sua elite e dos partidos que a representam. A chance de seu regate é agora. Pelo desgaste das políticas da direita e pela conjunção de fatores que levou Fernando Haddad a liderar as pesquisas. Não por acaso o resgate é comandado por um ex-estudante da USP e um ex-operario metalúrgico do Abc – algumas das grandes marcas que de São Paulo, de que nos orgulhamos tanto. São Paulo foi guindada, pelas mãos da sua direita, à condição de uma cidade que renega o que ela tem de melhor. Renega a diversidade, renega os movimentos sociais, renega os trabalhadores nordestinos – que construíram, com suas mãos e s

Nobel avacalhado

Com o tempo, as premiações têm se mostrado cada vez mais afinadas com as prioridades da elite financeira internacional   Igor Fuser O milionário Alfred Nobel instituiu, há mais de um século, um prêmio anual para homenagear quem tenha se destacado em promover a “fraternidade entre as nações”. Na lista dos premiados com o Nobel da Paz, convivem personagens que, de fato, dedicaram a vida às causas humanitárias com outras que contrariam frontalmente o ideal pacifista. No primeiro caso se incluem o advogado argentino Adolfo Pérez Esquivel (1980), que despertou a opinião pública mundial para o extermínio de opositores cometido pelo regime militar no seu país, o bispo sul-africano Desmond Tutu (1984), um líder da luta contra o apartheid , e a ativista guatemalteca Rigoberta Menchú (1992), incansável defensora dos indígenas. Do lado oposto, o Comitê do Nobel manchou a premiação ao atribuí-la a criminosos de guerra, como o israelense Menachem Begin (1979) e o estadunidense

JN da Globo reforça campanha do Serra

  http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br Por Altamiro Borges Alertado por internautas, fui conferir a edição de hoje à noite do Jornal Nacional no sítio da prepotente TV Globo. A emissora, famosa por manipular seus telejornais na reta final de várias campanhas eleitorais (todos se lembram das safadezas contra Leonel Brizola e Lula), jogou pesado. Deu dois longos blocos do JN para tratar do julgamento do chamado "mensalão" e da condenação dos líderes petistas. Numa ação orquestrada e cronometrada, STF, TV Globo e os candidatos demotucanos espalhados pelo país - mas, principalmente, José Serra em São Paulo - deram a sua cartada decisiva para as eleições municipais do próximo domingo. Antes da edição sensacionalista do JN, o eterno candidato do PSDB na capital paulista também explorou o julgamento no STF no horário eleitoral de rádio e tevê. O programa usou a capa de outro veículo aliado, a Folha, para explorar a condenação do

Soninha, o palavrão e a deriva da civilização

  Soninha Francine espetou um palavrão em seu blog, em caixa alta, ao final do debate desta semana entre Fernando Haddad e José Serra. O exclamativo vai além do insulto pedestre e por isso -- somente por isso-- merece atenção. O disparo dirigido ao petista, a quem se referiu como filho da puta, foi um grito de fracasso de quem sentiu a corda comprimir o costado, num duelo em que Serra tinha a obrigação de vencer. Soninha é responsável por aquilo em que se transformou.Mas o que ela deixou de ser envolve questões mais sérias do que a irrelevância de um palavrão. Soninha quer andar de bike; acha que a melhor ciclovia da praça é aquela desenhada com três pistas à direita formada pelo tridente Serra, Kassab & Roberto Freire. Ela costura por aí. Defende que o trio, e tudo o que ele representa no país, é 'do bem'. Já Haddad mereceria, na sua visão, o adjetivo que sapecou no primeiro impulso, atenuado depois para 'sujo', co

10% do PIB para a educação e projeto nacional avançado

Editorial do Vermelho                         A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara de Deputados deu um passo importante, nesta terça-feira (16), para criar as condições materiais para superar as deficiências representadas por um dos principais problemas brasileiros, a educação. A CCJ aprovou o projeto criando o Plano Nacional de Educação (PNE), que determina a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a área de educação. A proposta praticamente dobra os atuais 5,1% do PIB que o país destina à educação, considerando os investimentos da União, estados e municípios. O objetivo é chegar aos 10% do PIB no prazo de 10 anos (em 2013) e alcançar outras metas fixadas pelo PNE, entre elas a garantia de vagas para pelo menos 50% de todas as crianças que tenham até 3 anos de idade, universalizar o acesso à pré-escola para as crianças de 4 a 5 anos de idade, e a criação de planos de carreira para os professores da rede pública, tomando o piso