GENALDO

Por Genaldo de Melo Grande parcela do povo brasileiro é completamente despolitizada e não compreende o papel do Estado na ordem das coisas e da harmonia social. Não compreende o risco que representa as teses neoliberais defendidas por Paulo Guedes, que no final das contas é ele quem de fato governa o país junto com Ciro Nogueira e Arthur Lira. Afinal de contas qual é a lógica em defender e colocar em prática a venda por preços irrisórios das estatais brasileiras para depois o próprio Estado comprar os produtos e os serviços das mesmas empresas do qual já foi proprietário? Outros estados nacionais em vez de fazer isso fortalecem cada vez mais suas empresas, porque a lógica das estatais é gerar lucros e riquezas para o próprio Estado. É algo sem lógica defender isso. Pior de tudo é que quem defende essas coisas é a superiodade bem informada da classe média que exige do Estado educação e saúde de qualidade, mas vota em quem quer acabar com tudo como se todo mundo tivesse condições

Por Genaldo de Melo Na civilização humana, em todos os tempos as gesticulações passaram a simbolizar determinados comportamentos e construir significados diversos para cada sociedade e para cada povo. Gestos humanos servem tanto para simbolizar comportamentos positivos, bem como comportamentos negativos. E ambos têm consequências. Exemplos não faltam em nossa sociedade atual, em que um gesto pode significar uma agressão pior do que a utilização da linguagem verbal. Pois eles servem tanto para elogiar ou para significar um protesto público como para exprimir uma agressão irreparável. Dois gestos simbólicos servem para exemplificar tais coisas. No primeiro caso, o exemplo foi o do ex-jogador do Atlético Mineiro Reinaldo, que no primeiro jogo da Copa de 78 contra a Suécia, fez o gol e comemorou com os punhos cerrados,  gesto atribuído ao símbolo internacional de luta por direitos humanos e sociais e incorporado à luta antirracista com os Panteras Negras. Resultado: os militares o proi

Por Genaldo de Melo Damares Alves, evangélica e ex-ministra de Bolsonaro, num novo acidente eleitoral histórico no Brasil se elegeu senadora pelo Distrito Federal, usando dos seus mais elementares talentos para a divulgação de mentiras, através da linguagem neopentecostal. Esta semana ela chocou o país com uma mentira reproduzida de um site de satirismo e cenas de violência das trevas da internet, publicada em 2010 ( lenda doentia da  deep web ) , de que crianças da Ilha de Marajó, no Pará, seriam traficadas e usadas sexualmente de formas sádicas (com requintes de crueldade). Com as exigências de provas do MPF, desmentiu dizendo que ouviu vozes das ruas sobre isso. Mas hoje de novo o país tomou um choque com o que fez a Folha, que lhe entrevistou normatizando o tema, quando ela de novo mentiu ao dizer que está certa e que não pode abrir o jogo porque é coisa de investigação sigilosa. Ora, falar de coisas cruéis sobre crianças em plena eleição sem provas deveria ser considerado pe

Por Genaldo de Melo A campanha de Bolsonaro está se superando na canalhice e na sordidez. O Congresso Nacional, o STF e o TSE lhe deu tantas concessões diante de tantos absurdos durante seu governo, que agora ele está fazendo tudo à vista e sem vergonha. Diante de tantos absurdos de hoje, três se sobressaem. O primeiro absurdo é sua propaganda gratuita na televisão colocando alguém se dizendo presidiário e que votou em Lula. Ora, no “artigo 15, III” da Constituição Federal é insofismável que em condenação criminal transitado em julgado se perde automaticamente diretos políticos, ou seja, não vota. Só vota prisioneiros em regime provisório, que não foi condenado ainda Se no Brasil tem mais de 900 mil pessoas presas e pouco mais de 400 mil são provisórias, e segundo dados do TSE, apenas 12.963 presos provisórios poderão votar nas eleições deste ano, então existe uma fake news aí. Se os presidiários não tem direitos políticos segundo a CE, como alguém pode dá entrevista para enaltec

Por Genaldo de Melo Desde a primeira eleição depois da redemocratização, em 1989, nunca houve uma campanha eleitoral tão estúpida como a de hoje. Mesmo com as polarizações que sempre existiram, sempre houve respeito, honra e polidez. Vivemos momentos estranhos, em que não há campanha eleitoral nos moldes que sempre houveram. Aliás, não há campanha eleitoral, pois o que há é falta de respeito ao eleitor de todos, porque parece que uma parcela de eleitores se imbecizou. O inquilino do Planalto não apresenta o que vai fazer com os impostos cobrados dos brasileiros. Apenas bourrage de crâne, de que o adversário é ladrão, sem mostrar a cor do umbigo, de que vai fechar igrejas, de que vai ter banheiros unisssex, vai acabar com o Pix, ou seja, só agressóes e mentiras. O papel do Estado é outro! Seu adversário não consegue apresentar propostas, porque tem que ficar se defendendo das fake news em toda a campanha. Pegou a economia brasileira em 2003 em  13ª  lugar no mundo, colocou na 6 ª

Por Genaldo de Melo Bolsonaro não quer apenas ser presidente do Brasil para Paulo Guedes mais uma vez governar de fato, ele quer ser ditador. Querer emendar a Constituição Federal para aumentar o número de ministros do STF, controlá-los e colocar a condição dos mesmos terem mandatos como políticos, é coisa de quem quer ser ditador. Querer emendar a Constituição Federal para possibilitar reeleições sucessivas para o cargo presidencial, dando a possibilidade dele comprar sucessivos mandatos, é coisa de quem quer ser ditador. Pelo visto se ele ganhar as eleições mais uma vez vai cumprir sua narrativa de mandar matar os trinta mil intelectuais orgânicos da esquerda de que falou no passado. O povo brasileiro precisa tomar cuidado e não querer mais um sujeito assim na presidência, porque ele não quer o cargo de presidente, ele quer ser ditador.