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Mostrando postagens de junho, 2012

Manchetes do dia

TSE libera candidatos com contas-sujas na eleição de outubro Por 4 a 3, ministros decidiram que os políticos só têm a obrigação de apresentar suas contas, e não aprová-las, para poder entrar na disputa Por quatro votos a três, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta quinta-feira liberar nas eleições de outubro as candidaturas de políticos que tiveram suas contas de campanhas rejeitadas pela Justiça Eleitoral. Com isso, os chamados “contas-sujas” poderão concorrer. Ao julgar um pedido de 14 partidos, o TSE voltou atrás de uma decisão anterior que barrava esses políticos das eleições. Para se candidatar, então, só será exigido que o político apresente suas contas, sem a necessidade de aprovação para que ele obtenha a certidão de quitação eleitoral, documento necessário para requerer o registro de candidatura. Votaram a favor os ministros Gilson Dipp, Arnaldo Versiani, Henrique Neves e Dias Toffoli. As ministras Nancy Andrighi e Cármen Lúcia – presidente do TSE –, bem com

Annan propõe governo de transição na Síria

Editorial do Vermelho Uma nova proposta de intervenção das potências imperialistas na Síria está sendo gestada e vai ser debatida na reunião que ocorrerá sábado (30) em Genebra (Suíça), com a presença dos países do chamado Grupo de Ação para a Síria (EUA, Rússia, China, Reino Unido, França e países da região). A proposta foi elaborada pelo ex-secretário geral da ONU e enviado especial da organização e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan. Ela prevê a formação de um chamado governo de salvação nacional, composto por representantes do governo e da oposição. E, embora não se refira diretamente ao presidente Bashar Al-Assad, a proposta alimenta a expectativa de que ele aceite renunciar, abrindo caminho para um novo poder no país, adequado aos ditames das potências imperialistas. A proposta de Annan surge no momento em que esmorecem as tentativas de intervenção da Otan na Síria, barradas pela oposição da Rússia e da China no Conselho de Segurança da ONU, e também de aumento da tensão

Ouro, cobre e pau-brasil

Por Leopoldo Vieira Chega a ser cretina a recomendação do Banco de Compensações Internacionais (BIS), dito e havido como "banco central dos bancos centrais" a respeito do Brasil. As informações estão na matéria "Reunião dos BCs mundiais alerta para o risco do crédito no Brasil", de Deborah Berlinck, em O Globo de 25/06. A "preocupação" do órgão é que o crédito no país cresceu 6% a mais do que o PIB e por ser alto o endividamento de empresas e famílias. Isso faria o Brasil sofrer restrições do crédito mundial e ainda chegam a comparar o início da crise européia e estadunidense ao que ocorre por aqui. Nada mais falso. Além disso, a análise de que a expansão do crédito deve se dar pelo natural desenvolvimento do sistema financeiro e a recomendação ao problema, adivinhem? Corte de juros e regras mais rígidas para concessão de crédito. Se fosse escrito pela Febraban não seria melhor. Justamente quando o governo reduz drasticamente a SELIC, ampl

O fim previsível da Rio+20

Nas instituições que se dedicam a estudar as questões que mexem com a ecologia, tudo parece conduzir para que a última palavra seja, não dos ambientalistas inseridos, eventualmente, na estrutura governamental, mas dos potenciais poluidores incrustados no sistema econômico. Enio Squeff - Carta Maior O capitalismo como determinante do meio ambiente parece se alimentar do mesmo dilema: a sua crise autofágica. No poema que fez na década de trinta, sobre a poluição do Tietê, Mário de Andrade não reclama da raiz do problema - a industrialização desenfreada de São Paulo. Constata que o rio da sua infância está com as suas águas "oliosas"(era essa ortografia da época). Poderia ter feito a relação de uma coisa e outra - mas era difícil colocar o problema nesses termos. Na década de setenta, o Partido Comunista Brasileiro defendia claramente a inevitabilidade da poluição. Fazendo eco aos militares que tinham um discurso nacionalista a ponto de os prefeitos por eles nomeados ped

América Latina, 50 anos depois

Por Emir Sader Em 1962, os EUA impuseram à OEA a expulsão de Cuba desse organismo. A moção conseguiu 14 votos a favor, o voto contrario de Cuba e 6 abstençoes (Argentina, Bolivia, Brasil, Chile, Equador e Mexico). Mais tarde, já com o golpe militar de 1964 no Brasil, os EUA impuseram a ruptura de relações com Cuba, medida que foi seguida de forma subserviente por todos os governos do continente, menos o México. Tudo isso se dava paralelamente à tentativa fracassada de invasão de Cuba por tropas mercenárias coordenadas pelos EUA, com o apoio direto da Nicarágua de Somoza e da Republica Dominicana de Trujillo, em 1961, e do cerco militar a Cuba, em 1962. Para termos uma ideia de como mudou o continente desde então, praticamente todos os países retomaram relações com Cuba, a OEA decidiu convidar Cuba de volta ao organismo, mas o governo cubano se recusou ao que Fidel chamou de Ministério das Colônias dos EUA. E, ao mesmo tempo, o continente dispõe de organismos sem a participação

Mais um golpe da CIA na América Latrina

Messias Pontes - Vermelho Os governos progressistas, eleitos democraticamente na América Latina, têm incomodado até demais os Estados Unidos, pois seus governos perdem o controle sobre esses países. A Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) ajudou a derrubar o presidente venezuelano Hugo Cháves, em 12 de abril de 2002, através de um golpe militar. Contudo dois dias depois o povo levou Cháves de volta ao Palácio Presidencial. O golpe foi desmascarado e desmascarado ficou mais uma vez o imperialista norte-americano. Sete anos depois, mais precisamente em 28 de junho de 2009, foi a vez da derrubada, por um golpe militar, do presidente constitucional de Honduras, Manuel Zelaya, que foi deportado do País, mas voltou numa operação espetacular e exilou-se na Embaixada brasileira em Tegucigalpa. Nos dois casos, o governo dos Estados Unidos apressou-se em reconhecer os governos fantoches. Em artigo neste espaço, logo após o golpe em Honduras, eu alertei para o Bras

Julian Assange: Londres diante de um problema sem precedentes

Em 2000, o governo britânico atropelou Judiciário e Câmara dos Lordes para liberar o genocida Pinochet Por Flávio Aguiar Enquanto se espera a decisão do Equador sobre o pedido de asilo de Julian Assange, o que se vê é que as autoridades britânicas não sabem muito bem o que fazer com o caso. De fato, ele tem pelo menos um aspecto inusitado. É a primeira vez, pelo menos desde a instituição do moderno direito de asilo, que alguém pede proteção à embaixada de outro país, em Londres, em parte contra o Estado do Reino Unido. Várias vezes o Reino Unido concedeu asilo a perseguidos e expatriados: até a Karl Marx, no século XIX, e a muitos alemães e austríacos foragidos do nazismo durante a Segunda Guerra. Mas agora Londres reage com alguma perplexidade diante do fato de que é o regime britânico (inclusive seu Poder Judiciário) que é acusado, perante a opinião pública mundial, de participar de um assalto aos direitos humanos de um cidadão admitido como residente em seu território.

Valter Pomar: crise internacional será pano de fundo da reunião do Foro de São Paulo

Por Redação FPA Valter Pomar, secretário executivo do Foro de São Paulo e membro do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores fala sobre o XVIII Encontro do Foro. O Foro de São Paulo realizará, entre 02 e 06 de julho, em Caracas, sua XVIII reunião. Quem participará dos encontros? Valter Pomar - Delegações indicadas pelos partidos que integram o Foro de São Paulo. Participam também convidados de todo o mundo, de partidos, movimentos sociais e instituições variadas. Além disso, há convidados que são de partidos latinoamericanos que não são ainda membros, mas pretendem vir a ser integrantes do Foro. Qual deverá ser o pano de fundo da reunião do Foro de São Paulo? A crise internacional, as ameaças à democracia na América do Sul? O pano de fundo é a crise internacional, seus impactos na região, assim como as políticas que nossos partidos, movimentos sociais e governos estamos implementando. E, evidentemente, as ações de nossos inimigos: acertadamente, o Foro vem aponta

Lições para América Latina

O golpe de Estado no Paraguai travestido pelo “ritual institucional” traz importantes lições para as forças populares comprometidas com a transformação social Editorial da edição 487 do Brasil de Fato O recente golpe de Estado no Paraguai travestido pelo “ritual institucional” traz importantes lições para as forças populares comprometidas com a transformação social. Como ponto de partida, constata-se que a América Latina segue sua luta contra o colonialismo contemporâneo. O conteúdo do neocolonialismo se expressa em alguns elementos da herança colonial, ou seja, nas estruturas dos países latino-americanos, particularmente na via conservadora do processo de formação do capitalismo marcado pela ausência de reformas estruturais na sociedade. Além disso, destaca-se o modelo econômico dependente e uma classe dominante sem projeto de nação, subordinada aos interesses do imperialismo e comprometida com formas políticas autocráticas de dominação de classe. No campo da cult

Movimentos sociais repudiam o golpe

Do sítio do jornal Brasil de Fato : Na manhã desta quarta-feira (27), integrantes de movimentos sociais estiveram reunidos com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, para entregar uma moção de repúdio ao golpe contra o presidente do Paraguai Fernando Lugo, que resultou em sua deposição na última sexta-feira (22). O documento foi assinado por organizações sociais, deputados e senadores brasileiros. O porta-voz do Itamaraty Tovar Nunes, em entrevista coletiva, afirmou que o apoio político dos movimentos sociais “dá ânimo ao governo brasileiro” diante da "ruptura, quebra, atentado à democracia" no Paraguai. "O Paraguai convive com estruturas fundiárias arcaicas, oligopólios e setores que não concordam com processos políticos mais plurais. Os movimentos sociais podem ajudar no compartilhamento da experiência brasileira de desenvolvimento econômico e social”, disse Patriota. Na ocasião, o ministro condenou a atuação do Congresso paraguaio que, e

Fascismo e rito sumário no Paraguai

Por Renato Rabelo, em seu blog : “Grande imprensa” e “formadores de opinião”, além de eventuais “acadêmicos de aluguel”, assacam contra a democracia de forma uníssona e se apoiam no conceito de “democracia representativa” para legitimar a ação golpista no Paraguai. Mas o movimento é de maior alcance e se encontra diretamente com os interesses do imperialismo na região, notadamente na utilização deste episódio para desgastar tanto as experiências progressistas como o da Venezuela, Bolívia, Equador e Argentina, como a política externa do governo brasileiro. Merval Pereira, colunista de O Globo, sintetiza esta estratégia em artigo publicado em seu jornal sob o título “Governo brasileiro está a reboque de Chávez”. Em suma, o pensamento que ele apresenta nada mais é do que a reafirmação de sua posição ideológica contra as experiências avançadas de democracia na América Latina, em que presidentes foram eleitos pelo povo de seus respectivos países. A democracia represent

O tiroteio na coligação de Serra

Por Altamiro Borges Com chamadas de capa nos jornais e comentários raivosos na televisão, a mídia demotucana tem superdimensionado as dificuldades de campanha de Fernando Haddad para a prefeitura de São Paulo, principalmente após o episódio da foto de Lula com Maluf. Mas de forma seletiva, como sempre, a mídia evita dar destaque para os graves problemas enfrentados por José Serra. Até parece que reina a paz no ninho tucano e na sinistra coligação montada para apoiá-lo – esta máfia, sim, propiciaria fotos impactantes! Até agora o bloco da direita não definiu o nome do vice-prefeito e nem a composição da chapa de vereadores. O DEM não aceita os “traidores” do PSD na chapa majoritária. Já o partido de Kassab, que “não é de direita, nem de esquerda, nem de centro”, quer a vice para poder se viabilizar eleitoralmente. Diante do prolongado impasse, alguns tucanos decidiram propor uma chapa “puro-sangue”. "Clima de frustração no PSDB" “Se o vice não for tuca

Decisão contra Ustra começa a demolir a muralha dos torturadores

Editorial do Vermelho A muralha jurídica que protegia o torturador coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra de qualquer punição pelos graves crimes que cometeu quando agente da repressão política da ditadura militar começou a ser demolida ontem (25) com a sentença da juíza de direito da 20ª Vara Cível de São Paulo, Cláudia de Lima Menge. Ela condenou o ex-comandante do DOI-Codi de São Paulo pelas torturas e assassinato do jornalista e militante da resistência democrática Luiz Eduardo Merlino, em 19 de julho de 1971. A sentença proferida contra Ustra corrige, implicitamente, a causa mortis. A alegação mentirosa de que ele se suicidou, feita por seus algozes, e que consta do atestado de óbito de Merlino, foi claramente desmascarada naquele documento condenatório pelo reconhecimento da morte sob tortura. E do posterior “atropelamento” do cadáver por um caminhão a serviço do DOI-Codi para simular o falso suicídio. Foi possível “constatar que ele fora vítima de tortura”, anotou a juíza,

Síria e Turquia: a guerra fantasma do F-4 Phantom

Por Pepe Escobar,   Era uma vez, nem faz muito tempo, o ministro das Relações Exteriores da Turquia Ahmet Davutoglu foi o primeiro a propor uma política batizada de “zero problemas com nossos vizinhos” – que muitos críticos ocidentais batizaram logo de “neo-otomanismo”.   A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) reúne-se nessa 3ª-feira em Bruxelas, não só para arquitetar uma resposta ao ‘evento’ de um avião turco F-4 Phantom ter sido derrubado pela artilharia antiaérea síria, mas, também, para decidir que espécie de “novo otomanismo” emergirá do que já é hoje “grande problema com um de nossos vizinhos”. Davutoglu insiste que o F-4 foi derrubado em espaço aéreo internacional – mas aceita que, por curto período de tempo, o avião invadiu espaço aéreo sírio. Contrariando a versão oficial dos sírios, Davutoglu disse que o jato estava claramente identificado como turco; que estava em “voo de treinamento” para testar o “sistema nacional de radares” da Turquia; e – o mais