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Mostrando postagens de agosto, 2012

Número de homicídios de mulheres continua a crescer

Neste mês de agosto foi divulgada a atualização do Mapa da Violência 2012, com informações sobre homicídios de mulheres no Brasil. O documento, de autoria de Julio Jacobo Waiselfisz com o apoio do Centro Brasileiro de Estudos Latino-americanos (Cebela) e da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso), foi produzido para somar esforços no enfrentamento à violência contra a mulher. "O Mapa é um grito de alerta para as autoridades brasileiras. É uma forma de mostrar que o problema é mais grave do que o que se imaginava”, aponta o autor do documento. O Mapa da Violência atualizado incorporou dados de homicídios e de atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS), que no relatório anterior eram preliminares. O documento oferece informações de 1980 a 2010 sobre casos de assassinatos de mulheres, detalha a faixa etária das vítimas, os locais onde os crimes acontecem, os principais tipos de armas usadas e os estados brasileiros com as taxas mais elevadas de homicídios

Passo Estratégico

Por Wladimir Pomar Fonte: Site Wladimir Poma r   O governo Dilma, finalmente, deu um passo estratégico ao lançar um programa de investimentos para reimplantar a rede ferroviária, chegando a 10 mil km, ampliar a rede rodoviária em mais 7,5 mil km, e criar a EPL – Empresa de Planejamento e Logística. Esse programa, assim como os demais que serão anunciados, são sinais de que o governo se deu conta de que os atuais problemas conjunturais de nossa economia só podem ser resolvidos com mudanças estruturais, sob o comando do Estado.   A rigor, o governo está recuperando parte da experiência histórica brasileira, que teve em grupos de trabalho, grupos executivos e empresas estatais de planejamento e execução, os principais instrumentos de implantação das políticas de desenvolvimento industrial, nas quais a infraestrutura foi parte essencial. Por outro lado, é preciso também considerar a experiência histórica e evitar alguns dos erros e barbaridades cometidos anteriormente, um dos q

Quem é quem no comércio mundial de armas

Por Antonio Martins - FMG Estados Unidos já abocanham 78% das exportações mundiais — e são cada vez mais influenciados por seu próprio “complexo industrial-militar”. Por isso, mídia norte-americana prefere falar da China… Há pelo menos duas décadas, os Estados Unidos são o país com balança comercial mais deficitária do planeta. Ao longo de 2012, suas importações superarão as exportações em cerca de 600 bilhões de dólares — algo como o PIB da Suíça ou da Arábia Saudita. Porém, um setor de sua economia foge a esta regra. Trata-se da indústria armamentista. Além de ser a mais poderosa do mundo, ela ampliou de forma acelerada sua influência nos últimos cinco anos, revelou no domingo o New York Times. Tira proveito, diretamente, das tensões crescentes que a diplomacia de Washington tem provocado — em especial no Oriente Médio e nas disputas com o Irã. Os números são impressionantes. Num único ano, 2011, as vendas de armamentos por indústrias norte-americanas mais que triplica

Dilma e a guerra que se anuncia

  No instantâneo, o tiro de largada   O movimento era previsível e as razões óbvias, mas não deixa de ser perturbadora a investida dos grandes grupos midiáticos ao governo da presidenta Dilma Rousseff, depois de um curto período de risível persistência de elogios e salamaleques cujo único objetivo era o de indispô-la – e a seu eleitorado – com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Digo que era um movimento previsível não apenas por conta do caráter ideologicamente hostil dos blocos de mídia com relação a Dilma, Lula, PT ou qualquer coisa que abrigue, ainda que de forma distante, relações positivas com movimentos sociais, populares e de esquerda. A previsibilidade da onda de fúria contra o governo também se explica pela transição capenga feita depois das eleições, um legado de ministros e partidos de quinta categoria baseado numa composição política tão ampla quanto rasa, e que, agora, se desmancha no ar.   Assim, pode-se reclamar da precariedade intelectual da atual

Evitem a Espanha no dia 25 de setembro

  A revolução espanhola já tem data e local para acontecer. Será no dia 25 de setembro, em frente ao Congresso. Alguém, por acaso, ouviu falar a esse respeito? Mesmo na Espanha, a mídia mais tradicional ignorou solenemente o movimento até dia 29, quando o governo espanhol fez uma declaração de guerra aos coordenadores do protesto. Antonio Lassance - Carta Maior   A Espanha está prestes a fazer uma espécie de Revolução dos Cravos. Alguém ainda se lembra dessa revolução portuguesa, de 1974, que deu fim à sua ditadura? Pois é, um golpe democrático, com tanques nas ruas e militares armados, para ninguém botar defeito. Tudo bem que os fuzis estavam delicadamente decorados com cravos, em lugar de baionetas, e as armas serviam ao propósito de mostrar que os civis estariam protegidos. Mas não deixou de ser um golpe de Estado. Seus vizinhos ibéricos estão armando algo parecido, mas sem tanques nem armas. A revolução espanhola já tem data e local para acontecer. Será no dia 25 de setemb

Ibope aponta empate entre Haddad e Serra

Por Altamiro Borges   O jornal Estadão publicou agora, à meia-noite, a nova pesquisa do Ibope. Ela aponta o empate técnico entre o tucano José Serra, com 20% das intenções de voto, e o petista Fernando Haddad, com 16%. A pesquisa deve cair como uma bomba no comando do eterno candidato do PSDB. Ela confirma a acelerada queda do tucano, que corre o sério risco de nem ir ao segundo turno. As bicadas entre os tucanos tendem a ficar mais sangrentas e muita gente já deve estar sonhando em rifar o intragável postulante à prefeitura da capital.   Segundo o jornalista Daniel Bramatti, do Estadão, "o candidato José Serra (PSDB) caiu de 26% para 20% em duas semanas e está empatado tecnicamente com o petista Fernando Haddad na segunda colocação da corrida pela prefeitura de São Paulo, de acordo com a última pesquisa Ibope/Estado/TV Globo. O líder, Celso Russomanno (PRB), subiu cinco pontos nesse período e chegou a 31%". "Impulsionado pelo início da pro

Esperança de paz na Colômbia

Editorial do Vermelho A notícia, divulgada esta semana, da abertura de negociações entre o governo colombiano de Juan Manuel Santos e representantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, abre uma perspectiva de paz no principal conflito armado na América do Sul e, ao mesmo tempo, levanta um conjunto de indagações. Esta perspectiva de pacificação merece ser comemorada. As notícias indicam que os contatos entre as duas partes ocorrem há mais de um ano; o presidente venezuelano Hugo Chávez teria indicado a disposição para a conversa entre as partes que, iniciada em Cuba, aplainou a rota para as negociações previstas para começar outubro, em Oslo (Noruega) e que podem durar um ano e meio. Além de ser o mais intenso conflito armado na América do Sul, a guerra civil na Colômbia é também a mais longa, começando - em sua forma atual - em 1964. Nas últimas décadas ocorreram negociações de paz com o governo - por exemplo em 1985, e de 1999 a 1991 - que foram sabotadas pelo exército

Que a Justiça faça justiça, apesar da mídia

Esperamos que o STF faça justiça e continue sinalizando sua disposição de combater a corrupção no país Editorial da edição 496 do Brasil de Fato O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ayres Britto, considera necessário dar uma resposta enérgica à impunidade aos escândalos de corrupção. Para ele, a Ação Penal 470, (mensalão do PT para a mídia tucana), é uma ótima oportunidade para o Supremo passar essa mensagem ao país. Não há nenhuma observação contrária a essa preocupação do presidente do Supremo. Ao contrário, é merecedora de elogios. No entanto, acreditamos que o presidente Ayres Britto sabe que o combate à impunidade da corrupção, incrustada histórica e estruturalmente no Estado brasileiro, não se restringe à condenação dos acusados presentes nos bancos dos réus. Há que prevalecer a Justiça. Esta, nos parece, exige um processo que respeite plenamente as regras do jogo, imparcial, livre de qualquer interferência externa. Um julgamento em que seja

Quem é quem no comércio de armas

Por Antonio Martins, no sítio Outras Palavras : Há pelo menos duas décadas, os Estados Unidos são o país com balança comercial mais deficitária do planeta. Ao longo de 2012, suas importações superarão as exportações em cerca de 600 bilhões de dólares — algo como o PIB da Suíça ou da Arábia Saudita. Porém, um setor de sua economia foge a esta regra. Trata-se da indústria armamentista. Além de ser a mais poderosa do mundo, ela ampliou de forma acelerada sua influência nos últimos cinco anos, revelou no domingo o New York Times. Tira proveito, diretamente, das tensões crescentes que a diplomacia de Washington tem provocado — em especial no Oriente Médio e nas disputas com o Irã. Os números são impressionantes. Num único ano, 2011, as vendas de armamentos por indústrias norte-americanas mais que triplicaram, saltando de de pouco mais de 21,4 bilhões de dólares para cerca de US$ 60 bilhões. Depois deste avanço, os EUA passaram a abocanhar 78% do comércio mundial de armas,

Redes e ruas para expressar a liberdade

  Por Renata Mielli, no sítio da campanha "Para expressar a liberdade" : Nesta segunda-feira, 27 de agosto, foi dada a largada da campanha “Para Expressar a Liberdade – Uma nova lei para um novo tempo”. De forma irreverente e com muito debate político praças, praias, ruas, sindicatos e as redes sociais foram tomadas por manifestações por uma nova lei geral para as comunicações no Brasil. O lançamento da campanha marcou, também, os 50 anos do Código Brasileiro de Telecomunicação – uma lei ultrapassada pela tecnologia e pelo avanço dos direitos sociais que perdura pelo lobby dos empresários do setor e pela omissão do Estado brasileiro em sepultá-la. O dia de mobilizações começou de manhã, nas redes sociais, com um tuitaço para denunciar a falta de pluralidade e diversidade nos meios de comunicação brasileiros. A hashtag #paraexpressaraliberdade transbordou as fronteiras nacionais e ganhou o mundo. O cordel da peleja entre o Marco Regulatório e a Conceição Públ

Os 33 anos da Lei de Anistia

Por Maria Carolina Bissoto A Lei de Anistia não anistiou os torturadores em momento algum. Querer fazer algo não é uma previsão legal. Os legisladores do regime militar podiam até querer anistiá-los, mas se não o fizeram, não cabe aos seus intérpretes fazê-lo. Se os torturadores não cometeram crimes políticos e nem conexos, não foram anistiados pela lei. Em 28 de agosto de 2012 se completam 33 anos da aprovação da Lei de Anistia (Lei 6683/1979). O movimento pela Anistia moveu milhares de pessoas, que pediam “anistia ampla, geral e irrestrita” a todos os presos políticos, aos banidos, aos exilados, e jamais pediram que os torturadores fossem incluídos entre os anistiados. Em 1979 quando a Lei foi aprovada o Congresso Nacional se encontrava sob uma conjuntura muito difícil. Desde o Pacote de Abril, um terço dos senadores eram biônicos, e a oposição “consentida”, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) não conseguia fazer muita coisa. Mesmo assim, no momento de votação da

Questão agrária: o tamanho da grilagem de terras

Editorial do Vermelho No momento em que a Câmara dos Deputados volta a debater o Código Florestal, dados recentemente divulgados pelo Incra reforçam um aspecto pouco debatido mas de importância fundamental: a necessidade de implementação do Cadastro Ambiental Rural que vai permitir o conhecimento sobre a regularização das propriedades. A Comissão Especial Mista que analisa a Medida Provisória (MP) 571, que trata do Código Florestal, volta a se reunir na terça-feira (28), com o objetivo de concluir a votação dos destaques apresentados pelos parlamentares. A questão é fundamental por uma razão simples – a falta de um cadastro das terras – que é anunciado desde meados do século 19 e, por pressão dos latifundiários, até hoje não se tornou realidade, é um dos fatores da verdadeira balbúrdia jurídica em que a questão fundiária se tornou em várias regiões brasileiras, favorecendo sobretudo a um tipo de crime, a grilagem – ou, simplesmente, roubo – da terra. Os dados divulgados pelo Incra

SEUL ENTRE KEYNES E MARX

Por Mauro Santayana Os cenários mudam, envelhecem os tempos, a retórica ganha novos vocábulos, mas o problema real é sempre o mesmo: o do confronto entre o predador e a presa; entre a presunção de que a força faz o direito e a resistência das vítimas; entre os ricos e os pobres. O encontro de Seul anuncia o malogro: todos querem ampliar o seu mercado, seja para obter matérias primas, seja para vender os seus produtos.   Retorna-se ao cínico axioma dos anos 30: “beggar thy neighbor” –empobreça o seu vizinho. Nesse movimento, a moeda deixa de ser o que deveria ser, um instrumento de trocas justas (a convenção que torna iguais as coisas diferentes, no pensamento clássico grego), para se transformar em uma arma de guerra. A moeda é uma construção mental, como todos os símbolos que o homem criou, para fazer a sua história.   Ao vê-la assim, ao lado da linguagem e da ciência, concluímos que a economia, ou seja, a organização e evolução do trabalho, foi u

Da euforia à depressão capitalista

Por Emir Sader A euforia capitalista dos anos 1990 levou à teoria da “new economics”. O capitalismo, marcado por suas crises cíclicas, deixaria de sofrê-las, para passar a uma fase sem crises. Os novos desenvolvimentos tecnológicos impulsionariam um ciclo contínuo de desenvolvimento econômico, com a computação tendo o duplo papel de puxar uma demanda que se igualaria a do automóvel no século passado – incluindo um modelo novo anual -, ao mesmo tempo que permitiria prever antecipadamente os gargalos que permitiriam prever e solucionar preventivamente as crises. A própria possibilidade de quaisquer garotos abrirem uma empresa na garagem de casa e a transformarem em uma empresa de sucesso mundial, quase sem capital inicial, seria a demonstração da pujança econômica do capitalismo e do caráter de “sociedades abertas” das sociedades capitalistas. Essa festança acabou logo, com a crise de 2000, que desmentiu as teses e fez com que os teóricos da “new economics” partissem para outra mo
Por Saul Leblon, Blog das frases I) Ao afrouxar o garrote dos 'mercados autorreguláveis', a América Latina teve sucesso na redução da pobreza na última década. Seus pobres hoje são menos pobres, mas os ricos continuam muito ricos. A inércia da desigualdade não será vencida exclusivamente pelos mecanismos de mercado. Melhorar a produtividade e a remuneração do trabalho, por exemplo, requer uma política industrial de Estado Mas não só. Para investir, os governos tem que ganhar musculatura fiscal. A carga média na região, de 18% a 19%, impede o investimento público. (Dados da CEPAL, "Mudança Estrutural para a Igualdade: Uma Visão Integrada do Desenvolvimento".). II) 'A cobrança de mais impostos sobre os que ganham mais e sobre as fortunas está no radar de vários governos da zona do euro, desafiados a financiar os custos da pior crise mundial desde 1929. A carga fiscal na UE (impostos e cotizações) varia de 47,6% na Dinamarca a 27,2% na Romênia. Após longo

SP tem que se livrar de Serra

  Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo : E então leio que o lema da campanha de Serra é: “Para São Paulo seguir avançando”. Bom. Com a autoridade de quem já votou em Serra mais de uma vez, digo: para São Paulo seguir avançando, tem que se livrar de Serra. Chega. São Paulo merece caras novas. Idéias frescas. Mente aberta e alerta. São Paulo demanda inovadores. Serra está para São Paulo como Sarney está para o Senado: é a representação do passado, da obsolescência. Prestou serviços à cidade? Não sei. Tenho dúvidas. Muitas. Se em seus anos de prefeito e governador ele não conseguiu lidar com as previsíveis enchentes de verão, um dos maiores dramas da cidade, por que o paulistano deveria acreditar que ele é competente? Serra, além do mais, é aquele tipo de candidato em quem você vota tendo que saber direito qual é o vice. Caso ganhe a prefeitura de São Paulo, um cargo que dá prestígio nacional dada a importância econômica e política da cidade, alguém te

Você quer voltar para a lama tucana?

O blog Seja Dita a Verdade (conheça-o AQUI ) teve a boa idéia de recordar o tempo dos tucanos – FHC e seus amigos José Serra, Ricardo Sérgio, Eduardo Jorge, Sérgio (Serjão) Motta, irmãos Mendonça de Barros e tanta gente mais – através das capas de Veja , a mais tucana das revistas. A sessão nostalgia valeu o esforço, até porque o candidato Serra, no atual papel de vítima inocente de adversários malvados que o atacam na rua com bolinhas de papel, refugia-se nos santinhos para apagar o passado.   Desde o início da campanha o atual candidato do PSDB, cujo sonho de consumo na fase pre-eleitoral era formar chapa com José Roberto Arruda (“vote num careca e leve dois”, lembram-se?), jura a todo momento que é “ficha limpa” e “ético”, sem mácula na carreira política, e que no seu partido não há “ficha suja”. Chegou mesmo a rotular de “blogs sujos” aqueles que ousam expor suas práticas habituais, passadas e presentes. Mas não é essa a história que as capas de Veja contam.   A particul