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Mostrando postagens de maio, 2014

Diques de cal

Por Genaldo de Melo Observando mais atentamente o cenário político atual veementemente chegamos a conclusões que não são infalíveis, porque no mundo político tudo muda rapidamente como as nuvens do céu, mas que são quase certeza, dadas as condições históricas. Quando a batalha começou, como que guerrilhas na Bahia, todo mundo dizia que o Governador Jacques Wagner não estava fazendo a escolha certa do nome a concorrer as próximas eleições de outubro, porque o deputado federal Rui Costa é um sujeito desconhecido. Mas desconhecido na língua da oposição e daqueles que não acompanham o mundo político! Porque observando atentamente o cenário colocado na política atual chegamos à conclusões quase infalíveis, como é o caso de uma certeza ainda recôndita da vitória de Rui Costa no próximo outubro? Porque o mesmo é o candidato de um grupo político coordenado por um verdadeiro animal político, que é Jacques Wagner, que nos anos recentes somente acumula vitórias eleitorais em todos os

Começaram a politizar a questão da violência

Por Genaldo de Melo   A democracia nos libera para discordar das opiniões dos outros, mas ao mesmo tempo nos impõe naturalmente o dever de respeitá-las mesmo assim. Respeito, mas sinto o dever de discordar da opinião do pré-candidato a vice-governador pela Bahia, Joaci Góis, quando em seu artigo do dia 15 de maio último, no Diário Tribuna da Bahia, compara a questão da insegurança pública da Bahia com a da Espanha. Fazer uma comparação dessa natureza é politizar o discurso em função das eleições vindouras. Quantifica-se demais a violência e se esquece de qualificá-la. Se o autor do artigo quisesse fazer uma avaliação qualitativa, ele mesmo observaria que a questão da insegurança pública na Bahia tem várias raízes e não nasceu no atual Governo. Bom lembrar que seu pré-candidato ao Governo do Estado foi Chefe do Executivo por duas vezes, e não tem muito tempo, e ainda mais a violência já existia, e ele não resolveu nada. Respeito a opinião dele até porque achei intere

Não tenho aptidão para ser macaco

Por Genaldo de Melo   O que é um racista senão um indivíduo que não compreende a si mesmo, que tem o sangue vermelho igual a todos os outros indivíduos, mas que absorve em si mesmo a genética cultural do preconceito de cor, como se tivesse pessoas feitas de ouro em pó, e outras de barro? O que é um racista senão um produto de uma cultura anacrônica, até mesmo de consumo de mercado, que teima apesar dos contrapontos, em querer admitir que existam diferentes tipos de seres humanos convivendo juntos, admitindo-se juntos, sem aceitar por ignorância a cor vermelha que tem nas veias e artérias? O que é um racista senão um indivíduo que deve ser comparado a uma célula cancerígena do tecido social, que deve ser banido como bandido do seio do povo de bem, indiferentemente da cor de sua pele? Em determinados lugares culturalmente o racismo sempre faz a confusão entre a cor da pele e o nível econômico do indivíduo, ou seja, ser negro e diminuído como raça inferior é o mesmo qu

A mudança da Micareta

Por Genaldo de Melo   A mais de vinte anos que não participo de festas carnavalescas, apesar de todas as pessoas que conheço esperarem durante todo o ano pelo carnaval ou mesmo pelas micaretas. Contudo não tenho nada contra, aliás, defendo sim, o fortalecimento desses espaços que são culturais e que colocam a alma do povo nas ruas. Mas pessoalmente acho que qualquer espaço da mesma natureza deve ser pensado e planejado minuciosamente. A sociedade é diversa por natureza, e um espaço que serve como corredor para uma micareta hoje pode não ser o espaço que servirá para a mesma necessidade amanhã, dado as condições das dinâmicas de fronteiras sociais e econômicas. Falo disso porque fui provocado a opinar por amigos sobre o tema corrente de mudança de espaço da Micareta de Feira de Santana, da avenida Presidente Dutra para a Noilde Cerqueira. Bom lembrar recente artigo do articulista do Jornal Noite e Dia, Cristovam Aguiar, quando defende a mudança pautada em premissas coere

O parecer das ilusões

Por Genaldo de Melo Até que ponto podemos realmente confiar na isenção dos conselheiros dos tribunais de contas pelo país afora, estes criados para fiscalizar o resultado da utilização do dinheiro público, quando sabemos que em sua grande maioria são ex-políticos nomeados por políticos? Parece brincadeira pensar que homens que exercem mandatos políticos, quando se arvoram no sagrado direito de fiscalizar e apresentar pareceres corretos, vão fazer de fato isso, quando devem favores necessariamente a quem lhes indica para os cargos. São os fatos comprovados que fazem com que fiquemos com a “pulga atrás da orelha” quando analisamos o papel desses que são nomeados politicamente para fiscalizar. O fato é que a maioria dos políticos em fim de carreira, ou que começam a observar a perda de prestígio eleitoral, procuram se escorar nos tribunais de contas, principalmente os estaduais. Segundo um relatório recente, resultado de um estudo da entidade de combate à corrupção, Tra