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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

O recomeço da APLB-Sindicato de Morro do Chapéu

Por Genaldo de Melo Depois de anos inativa no município de Morro do Chapéu, a APLB-Sindicato recomeça sua luta em defesa dos trabalhadores/as em educação. Na tarde de 28 de fevereiro último na Escola Vânia Galvão, vários profissionais de educação participaram de reunião para discutir a reorganização no núcleo municipal da Entidade, além de fazer um debate sobre a conjuntura local referente à política educacional. Além de ser socializada entre os participantes as decisões do último Conselho Sindical Regional que aconteceu em Irecê, principalmente a decisão de que todos os 12 núcleos que estão inativos na Regional serão a partir de agora organizados, com acompanhamento técnico e assessoria política da Executiva Estadual da APLB-Sindicato, ficou definido que no próximo dia 16 de março os trabalhadores/as na educação organizados realizarão Assembléia Geral para definir uma Comissão que ficará responsável pelas ações da Entidade a partir de agora até a escolha da direção do

70 Anos de Formação do Brasil Contemporâneo

Diorge Konrad * Caio Prado Júnior, que se vivo fosse teria completado 105 anos em 11 de fevereiro de 1912, deve ser lembrado neste ano por um dos maiores clássicos da historiografia brasileira. Há 70 anos atrás, em plena vigência do Estado Novo, em 1942, escreveu que o Brasil colonial e o início do século XIX eram a “chave preciosa e insubstituível para se acompanhar e interpretar o processo histórico posterior”. Era a linha para se entender a Formação do Brasil Contemporâneo, cuja tese já fora prenunciada em seu clássico anterior, A evolução política do Brasil. Para o historiador paulista, que militou por décadas no Partido Comunista do Brasil, os atos preparatórios da emancipação política do Brasil visualizavam que “o sistema colonial na totalidade de seus caracteres econômicos e sociais”, e a “obra colonizadora dos portugueses na base em que se assentava”, se apresentava prenhe de “transformações profundas”. Para Prado Júnior, no século XX ainda persi

O amargo chá do colonialismo inglês

O império britânico prova do seu próprio veneno Ao negar as acusações da presidente Cristina Kirchner de que esteja militarizando o Atlântico Sul e rejeitar qualquer solução negociada sobre a soberania das ilhas Malvinas , o governo do premiê, David Cameron, comprou uma briga complicadíssima, impossível de ser vencida: com seu próprio passado que combinou, com perfeição, a intransigência, o garrote e a libra A diplomacia britânica ainda conserva desconcertantes sutilezas herdadas do seu passado imperial. Sofismas e negação de evidências são a marca registrada quando se trata de ocultar velhos métodos. No transcurso de dois séculos, os ingleses usaram e abusaram da ingerência política, econômica, diplomática e militar. Possivelmente, mesmo depois do declínio, ainda conservem o modus operandi. Para alcançar seus objetivos, os sucessivos governos de Sua Majestade recorreram a invasões, guerras, à desestabilização interna e ao acirramento de conflitos regio

O Brasil entre a ruptura e a inércia

Editorial de Carta Maior O Brasil precisa fazer na educação (e na saúde) o mesmo que Lula fez com o salário mínimo: uma ruptura em relação à inércia conservadora. Num intervalo de oito anos o presidente petista elevou o poder aquisitivo do mínimo em mais de 53% em termos reais. Rejeitou a lógica incremental. Entendeu que mudar apenas na margem seria manter à margem os que sempre viveram na soleira do país.  Deu-se então a mudança estrutural. Um novo degrau de acesso à renda passou a ordenar a vida de milhões de brasileiros beneficiando a economia e toda a sociedade. O poder de compra popular, associado às políticas de combate à fome e à miséria, revelou-se um contrapeso decisivo de demanda interna na crise mundial.  Criticado pela ortodoxia, Lula desabafou: 'foi preciso uma crise igual ou pior que a de 1929 para a elite brasileira entender o acerto histórico dessa decisão'. Os avanços registrados na educação desde 2002 não são desprez

FHC apunhala Serra, o “revitalizado”

Por Altamiro Borges A entrevista de FHC no Estadão de terça-feira (28) deveria servir de alerta para os eleitores paulistanos e, principalmente, para o senador Aécio Neves, que parece viver embriagado. Nela o ex-presidente diz que a disputa para a prefeitura da capital “revitaliza” Serra e o incentiva para as eleições de 2014. A manchete do Estadão tira qualquer ressaca: “Serra ainda pode disputar a Presidência, indica FHC”. De Nova Iorque, onde concedeu a entrevista para o jornalista Gustavo Chacra, FHC pode ter bagunçado as dissimulações do ex-governador e de seus fiéis capachos – como Gilberto Kassab. Um dia antes, o pragmático prefeito da capital paulista havia jurado de pé junto que José Serra “abandonará” seu projeto de ser novamente candidato a presidente da República. Ex-presidente bagunçou a camuflagem O objetivo de Kassab era convencer os eleitores de que Serra não trairia novamente os paulistanos, abandonando a prefeitura na metade da gestão, e também acalm

Retrocesso na previdência do servidor

Por Altamiro Borges Por pressão do Palácio do Planalto, poderá ser votado ainda nesta semana o projeto que cria o Funpresp (Fundo de Previdência Complementar do Servidor Público Federal). O DEM ameaça obstruir a votação e o PSDB diz que apresentará emendas. Os dois partidos concordam com a tese de “privatização” da previdência social, mas tentam criar embaraços e constrangimentos para o governo num ano eleitoral. Na outra ponta, deputados mais vinculados ao movimento sindical resistem à pressa na votação por discordarem do conteúdo do projeto. Ele cria novas regras para os futuros servidores, que perdem a aposentadoria com salário integral e passam a receber os valores mínimos do INSS. Para complementar a renda, eles terão que contribuir para um fundo privado da previdência. Servidor “pauperizado”, serviço “degradado” Inúmeros estudos indicam que o Funpresp prejudicará os funcionários públicos e terá impacto negativo na própria qualidade dos serviços prestados à população. Sem a apo

Dilma aos generais da reserva: a comandante sou eu!

Editorial do Vermelho O artigo 84 da Constituição Federal é claro. Ele arrolada entre os atributos que competem privativamente ao chefe da Nação a função de “exercer o comando supremo das Forças Armadas”. Não há dúvidas a respeito. Nem pode haver. E foi o que a presidente Dilma Rousseff deixou claro, novamente, ao enquadrar oficiais generais da reserva, presidentes dos clubes Naval, da Aeronáutica e Militar, que quebraram a disciplina regimental ao criticar, em nota conjunta, a presidente Dilma Rousseff, duas ministras do governo e o Partido dos Trabalhadores que, na comemoração dos 32 anos de sua fundação, voltou à carga contra o regime dos generais. O motivo é o de sempre; o apego dogmático à lei de Anistia de 1979, adotada pela própria ditadura de 1964 e que protege agentes da repressão que cometeram perseguição, sequestro, tortura e assassinato políticos durante aquele regime discricionário. O pretexto, desta vez, foram declarações da ministra da Secretaria de Direitos Humanos

A desigualdade no Brasil e no mundo

“A desigualdade brasileira está entre as dez mais altas do mundo, apesar de estar no piso das nossas séries históricas.” Assim começa Marcelo Cörtes Neri artigo no Valor sobre o tema.. A grande novidade no mundo é que a desigualdade diminuiu, graças sobretudo à sua diminuição em países como a China, a India e o Brasil, enquanto ela aumenta nos países do centro do capitalismo. A China e a India abrigam a metade dos pobres do mundo, então os efeitos da diminuição da pobreza nesses países é determinante para sua inédita diminuição em escala mundial. A trajetória da desigualdade de renda no Brasil, de 1970 a 2000, diz o artigo “lembra o cardiograma de um morto”, isto é, nao se moveu, nem com democracia, nem com ditadura, nem com expansão, nem com recessão. “O único sinal de vida foi dado no movimento de concentração de renda ocorrida entre 1960 e 1970, quando o Gini chega próximo a 0,6, e se estabiliza nesse patamar”. Isto, sob o feito do golpe, da repressão aos sindicatos, ao arrocho

A crise e a pergunta mais incômoda

O presidente mundial do HSBC, o inglês Stuart Gulliver, mandou demitir 30 mil funcionários do banco em 2011; cerca de 11 mil já foram para o olho da rua, atesta a agencia Bloomberg em despachos desta 2ª feira. O negócio funcionou, claro: a exploração funciona. O banco deu lucros de R$ 28,6 bilhões em plena crise, 27,6% mais do que em 2010; Gulliver foi regiamente recompensado pelos acionistas. Satisfeitos com os dividendos, autorizaram pagar ao centurião entre bônus novos e atrasados, mais salários e gratificações, a bagatela de RS 17,8 milhões. Passados quatro anos da explosão da ordem neoliberal, a ciranda da fortuna que ela consagrou continua a girar impunemente. A engrenagem liga o apetite pantagruélico dos acionistas à cobiça de CEOs, como Gulliver, que recorrem ao vale-tudo de demissões maciças a negócios temerários, como a bolha das subprimes, para atingir 'metas' que nem de longe são as da sociedade ou as do desenvolvimento equilibrado. No Brasil, a banca elevou em

Obama e o pacto com o diabo

Por Amy Goodman, no sítio da Adital : "O presidente se equivoca”, afirma um dos reluzentes diretores da campanha pela reeleição do presidente Barack Obama. Essas quatro palavras encabeçam o site da organização Progressistas Unidos (Progressive United), fundada pelo ex-Senador estadunidense e atual assessor da campanha de Obama, Russ Feingold, em referência ao recente anúncio de Obama de que aceitará fundos dos comitês de ação política (super PAC, por suas siglas em inglês) para sua campanha de reeleição. Feingold escreveu: "O presidente se equivoca ao aderir à política empresarial corrupta de Citizens United, mediante a utilização dos Súper PAC. Trata-se de organizações que arrecadam somas ilimitadas de dinheiro de empresas e de indivíduos ricos, às vezes em segredo absoluto. Não somente é uma má política, mas que, além disso, é uma estratégia boba”. E agrega: "É fazer um pacto com o diabo”. Em 1905, o presidente Theodore Roosevelt disse ante o Congresso: "As con

O que é o SOPA (Stop Online Piracy Act) e porque ele é tão perigoso.

A entrevista abaixo foi publicada no Blog do Zé Dirceu e explica o que é o projeto de lei chamado Stop Online Piracy Act (SOPA) que está para ser votado na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos. No próximo dia 18/01, o Reddit está chamando um black out na rede para protestarmos contra a possibilidade de censura e de bloqueio aos sites pelas autoridades norte-americanas. Aqui, no Trezentos, vamos começar uma grande campanha contra os projetos SOPA e PIPA. A entrevista abaixo ajuda a esclarecer o que está em jogo. Qual é o conteúdo desse projeto de lei? Por que é tão polêmico? [ Sérgio Amadeu ] O SOPA, apresentado em outubro de 2011 na Câmara dos Deputados dos EUA,  é praticamente um complemento do Protect IP Act (PIPA), apresentado quatro meses antes no Senado norte-americano. As duas propostas legislativas visam bloquear o acesso a sites e aplicações na Internet que sejam consideradas violadoras da propriedade intelectual norte-americana. A indústria do copyright percebeu

Hillary Clinton faz chamamento à guerra civil na Síria

A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, fez neste domingo (26) um chamamento à guerra civil na Síria, ao sugerir que a população das duas maiores cidades da Síria, Damasco e Aleppo, se junte à luta dos bandos armados contra o governo do presidente Bashar Assad em Homs, a terceira maior cidade do país. Usando gestos histriônicos e linguagem caricata, a responsável pela política exterior do imperialismo norte-americano afirmou que "um massacre horrível" está em curso em Homs e pediu o apoio do resto da população síria à oposição. Em entrevista à BBC, a secretária de Estado norte-americana admitiu que uma intervenção estrangeira na Síria não é possível no momento e hipocritamente disse que seu chamamento é justamente “para evitar a guerra civil”. A secretária de Estado norte-americana também voltou a criticar a Rússia e a China por seus vetos a uma resolução contra a Síria no Conselho de Segurança da ONU. "Eles são livres para negociar a qualquer mome

Oriente Médio em mudança: grandes impactos

Na ausência de uma expressão mais precisa voltamo-nos para o conceito clássico de Pierre Renouvin de “forças profundas” para destacar as grandes tendências em movimento na região. Nós trataremos agora para os dados concretos da demografia social e religiosa, da situação geográfica, da riqueza disponível e, enfim (mas, de forma decisiva), a orientação da população nas relações vis-à-vis entre as nações (os diversos sentimentos populares e suas representações). Por Francisco Carlos Teixeira* No caso do Oriente Médio a última década, grosso modo, foi de importantíssimas mudanças. Para facilitar a caracterização de tais mudanças, e apenas para efeito didático, vamos fazê-lo em dois movimentos. De um lado os fatores exógenos que impactaram a região e, de outro, os fatores endógenos que moldam as tendências atuais de mudança e que, por sua vez, impactam as relações globais. Entre os fatores externos que impactaram duramente as chamadas “forças profundas” na última década estão: 1. A quase

O crime organizado, carnaval e futebol

Por mais importante seja a alegria do povo, nas arquibancadas dos estádios e das passarelas do carnaval, uma coisa não pode ser confundida com a outra. A corrupção e o jogo do bicho são atividades criminosas, e devem ser investigadas e punidas. Mauro Santayana* Conhecidos jogadores de futebol, ídolos do público, como Ronaldo e Neymar, defendem o Sr. Ricardo Teixeira das acusações que lhe estão sendo feitas. Para os dois profissionais, o presidente da CBF é um homem excepcional, que prestou grandes serviços ao esporte, e não deve ser afastado de seu cargo. Ao mesmo tempo, diretores de escolas de samba investem contra o governador Sérgio Cabral, que fez declarações contra a participação dos bicheiros no carnaval carioca. Ora, se se confirmarem as denúncias contra Teixeira e seu sogro, João Havelange, eles poderão ser qualificados como participantes de uma forma de crime organizado. E o jogo do bicho, até que haja leis em contrário, é uma atividade criminosa. Por mais importante se

Sarkozy, Serra, direita e esquerda em SP

Editorial Carta Maior Jornais europeus informam que Sarkozy resgatou sua identidade política profunda para disputar a reeleição de abril na França contra o socialista François Hollande. O favoritismo inicial de Hollande estaria sendo corroído rapidamente pela radicalização à direita do mandatário francês, cuja ofensiva tem como lema um slogan derivado da república colaboracionista de Vichy: 'França Forte'. O conservadorismo francês recorre mais uma vez à novilíngua associada a um capítulo vergonhoso da história, no qual parte da elite enxotou os ideais da revolução francesa, entregando-se, sôfrega, a uma acomodação de cama e mesa com o III Reich.Na versão atual, a pièce de resistance é o tripé 'Pátria, família, trabalho', desdobrado em comícios nos quais o situacionismo excreta frases literais das obras de Le Pen, o Plínio Salgado gaulês. Gargantas conservadoras expelem a lava de um nacionalismo xenófobo, atravessado de higienismo contra imigrantes pobres, que ma

Yoani Sánchez é uma fraude

Por Iroel Sánchez, no blog cubano La Pupila Insomne : O influente diário mexicano La Jornada publica um texto do professor e jornalista francês Salim Lamrani, que demonstra a falsa liderança da blogueira Yoani Sánchez na rede social twitter, alcançado não por seguimento natural de audiência, mas pela intervenção de tecnologias e grandes somas de dinheiro. A quarta parte dos partidários de Yoani no twitter são fantasmas sem seguidores ou “mudos” que jamais escreveram um tuiter. Em junho de 2010, a blogueira chegou a ter, em um único dia, 700 novos adeptos, o que só é possível através de robôs de software – já que ela diz que tem acesso à internet apenas via celular ou a por uma conexão semanal em um hotel. ***** Quem está por trás de Yoani Sánchez? Salim Lamrani Yoani Sánchez, famosa blogueira cubana, é uma personagem peculiar no universo da dissidência cubana. Nenhum opositor foi beneficiado a exposição midiática tão massiva, nem de um reconhecimento internacional semelh