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Mostrando postagens de abril, 2020

Novo quixotismo fora dos livros

Por Genaldo de Melo No mundo político existem homens que só funcionam enquanto estão em pleno confronto com qualquer outro inimigo. Se não houver esse inimigo eles inventam. Se não existir como inventar um inimigo real, eles inventam iguais a um Dom Quixote fora dos livros, seus inimigos imaginários. Bolsonaro nos seus dias de governo vem provando o que sempre foi sua história, um homem feito para o confronto com inimigos que ele mesmo inventa,  como sempre fez nos seus quase trinta anos de parlamento. Como deputado isso funcionou muito bem, porque suas responsabilidades consistiam apenas em está presente no plenário do Congresso Nacional e nas urnas em tempos de eleições. Mas para governar é diferente, não se pode criar inimigos, quando a política como coisa em si exige consensos. Pode até mesmo durar um certo tempo sua quixotesca guerra cultural contra seus inimigos imaginários, esquerdistas, comunistas, e membros do tal de marxismo cultural, mas o próprio tempo lhe

A rainha da Inglaterra das terras brasileiras

Por Genaldo de Melo Quem se acha no direito de apenas chefiar os outros sem ouvir absolutamente ninguém, acaba chefiando um rebanho de tolos prontos ou uma legião de demônios com sede. Não existem outras palavras para definir melhor um homem que foi eleito democraticamente pelas urnas, mas se tornou uma espécie de rainha da Inglaterra por querer ser chefe sem força. Se Bolsonaro tivesse força política suficiente poderia até criar um grupo de tolos conscientes para governar com ele outro rebanho de tolos inconscientes de sua tolice. Mas a falta de inteligência política, comprovada em 28 anos de Congresso Nacional sem participar de comissão temática nenhuma, expõe sua incapacidade para governar tolos, se fosse fácil criá-los nos tempos de hoje. O resultado de sua inépcia, aliado a sua necessidade doentia de criar inimigos o tempo todo, de não querer descer do palanque para governar, fez com que ele escolhesse para ajudá-lo a governar, uma legião de demônios. Os mais fracos

Um engodo chamado Mário

Por Genaldo de Melo Mário estava morando na comunidade apenas há três meses, na casa mais cara, de um aluguel vultoso. A residência que ele estava morando corria de boca grande, que já morara um Barão do açúcar. Sempre calado, silencioso, sem conversar com ninguém, ali ele residia há poucos tempos. Educado, pois todos os dias e todas as horas ao encontrar as pessoas da comunidade, sempre lhes corteja com um “bom dia”, “boa tarde” ou “boa noite”, com um sotaque forte que demonstrava alegria e prazer em fazer isso com as pessoas da área, que já lhe nutria certa afeição desconfiada. Todos os dias impreterivelmente às sete horas da manhã, um carro luxuoso pegava Mário e na boca da noite lhe trazia de volta. Os fofoqueiros do bairro  começaram a fazer especulações a respeito do rapaz do casarão do Barão. Ora, ninguém sabia da vida dele, de onde viera, apenas que era misterioso. Parecia que ele era nobre e trabalhava em alto cargo do Governo. Pois ninguém sai e volta em carro grande