Por Genaldo de Melo
Nas últimas eleições para Presidência
da República votei com a mais absoluta certeza e consciente do que estava
fazendo em Dilma Rousseff. Mas votei nela não porque a mesma é mulher ou porque
era a candidata de Lula, porque não voto em personagens, porque apenas
personagens não representam rupturas com projetos de poder conservadores. Votei
nela porque estava consciente de que a mesma representa um projeto que de fato
mudou o Brasil, tornando nosso país num protagonista de desenvolvimento social
e econômico face aos demais países do mundo. Votei num projeto que transformou
o Brasil em uma potência mundial.
Votei e naturalmente se a história
não mudar e tirá-la do processo tenho certeza absoluta que votarei de novo. Mas
isso em absolutamente nada me isenta e me alija do direito de ser crítico
naquilo que não concordo no Governo dela, até porque tenho independência
intelectual o suficiente para compreender isso.
Diante das especulações da mídia, de
todas as matizes ideológicas sobre a espionagem americana e canadense no
Palácio do Planalto, na Petrobrás e no Ministério das Minas e Energia, o
Governo não deu a resposta necessária aos intrusos até agora. A postura de
Dilma diante da situação agradou apenas fanáticos petistas e aqueles que são
inteligentes e acham que o que ela fez vai de fato render votos nas urnas em
2014. Não concordo com a postura tímida do Governo que ajudei a eleger e quero
eleger de novo.
Deixar de participar de uma conversa
com Barack Obama, mas ao mesmo tempo participar de reunião nos Estados Unidos
porque é da ONU, não foi resposta suficiente para essa gente que vai continuar
provavelmente fazendo o mesmo tipo de espionagem. Na minha modesta opinião quem
esnobou os brasileiros foi Obama que durante o discurso de nossa presidente
estava ausente e somente compareceu depois.
Fazer um discurso contundente contra
o processo de espionagem contra o Brasil na tribuna da ONU não significa
absolutamente nada. Ali os EUA agem como os donos do mundo e todas as decisões
que são tomadas são pensadas antes pelos filhos de Tio Sam e aprovadas sem
muitas ressalvas, nem espaços para negociações.
Acho que em determinadas decisões
políticas Dilma Rousseff tem que fazer como o presidente venezuelano fez.
Americanos conspirando contra os venezuelanos foram convidados a deixarem o
país, porque ali se exige soberania e respeito aos nativos. Não vai haver
resposta nenhuma de Tio Sam e provavelmente eles vão continuar fuçando em
nossos segredos sociais, políticos e econômicos.
Vamos abri os olhos porque senão
daqui a pouco perderemos muita coisa prá essa gente que acha que é dono do
mundo e do povo do mundo!

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