Por Genaldo de Melo
Como reles e tolos mortais
que somos, todos nós brasileiros temos um problema bastante sério. Falamos mal
o tempo todo praticamente em farmácias e hospitais, escolas e universidades,
feiras livres, bares e restaurantes, e em todos os locais públicos de opinião,
de vereadores e prefeitos, de deputados estaduais e federais, de senadores,
governadores e Presidente da República, e até mesmo dos políticos que fazem
oposição. Mas, no entanto os tratamos sempre, e a todo o momento, como pequenos
deuses, ou estrelas que como por necessidade precisamos do brilho opaco deles.
Não bastasse como cometemos
o papel de bobos e ridículos “tietando” personagens da Rede Globo, de Hollywood,
e outras coisas mais; não bastasse a histeria coletiva atrás dos chamados
artistas de papel, que o mercado cria e recria, tratando todos nós reles
brasileiros como personagens orwellianos; não bastasse o povo brasileiro admirar
os “galáticos” e os personagens milionários de Barcelona, como se fossem os
ícones do platonismo da perfeição humana; ainda assim ficamos como inebriados
pelo maquiavelismo torto de personagens políticas, que nada fazem além de
engordar suas contas bancárias com dinheiro público.
Admiramos demais esses
homens e essas mulheres que muitas das vezes realmente roubam, literalmente
roubam, o dinheiro que deve ser para executar Políticas Públicas para o povo. Mas
isso sempre é feito com o consenso geral, porque temos necessidade recôndita de
admirar estrelas que não brilham, mas apagam a vida das pessoas com um salário
de miséria e a escuridão social das periferias urbanas e rurais.
Em nossa humilde opinião
detentores de mandatos não são estrelas, são apenas funcionários públicos sem
estabilidade, dependem sempre do voto para continuarem. Mas a opinião geral é
que quem mais pisa no povo, quem mais articula o latrocínio social, pode
comprar seus fãs, colocar seus trios elétricos para o pão e o circo, e brilhar
como se fossem a solução dos problemas do mundo.
Como o povo não tem tempo
para analisar os fenômenos sociais e os fatos sociais, aliás como o povo não
tem tempo mesmo para pensar, porque é quem mais trabalha de fato na sociedade,
as estrelas falsas brilham. Além de tudo isso o povo ainda precisa realmente
orbitar em torno de estrelas, porque é da natureza humana. O problema na
realidade é que admiramos sempre estrelas falsas, e isso é naturalmente ruim
porque a sociedade não muda assim com essa forma de ser as coisas.
E assim caminha a
humanidade...!
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