Por Genaldo de Melo

Vez por outra lembro do safado do "Meu Primo político"
rico e de suas científicas opiniões sobre conjuntura política, bem como sobre
suas aventuras esotéricas pelo mundo político. Bem que o safado conhece melhor
do que qualquer um de nós sobre o que se esconde sobre as capas pretas de
mandatos parlamentares e mandatos nos executivos desse país. Mas o que choca
mesmo é pela sua falta de coerência em seu discurso quando em alto e arrogante
som fala para todo mundo ouvir que nunca se roubou tanto nesse país. Como as
pessoas não conhecem os meandros da vida secreta do mesmo, ele está se tornando
um baluarte da moralidade e do combate à corrupção.
Mas de uma coisa ele
realmente consegue está certo, nunca se roubou tanto nesse país para o povo
ficar de fato sabendo, porque na verdade somente agora resolveram todos que não
se encontram em postura de poder de decisão maior, abrir a Caixa de Pandorra da
corrupção que sempre foi endêmica nesse país, desde que os “bons” portugueses
resolveram vim prá cá para roubar nosso ouro, nosso diamante e nosso
pau-brasil. "Meu Primo político" é mesmo um grande “porreta” para
defender suas teses e se esquecer de escândalos do passado em que ele mesmo
esteve associado, com muitos de seus amigos que se colocam hoje como os grandes
salvadores da pátria.
O safado do "Meu
primo político" aliado ao que de pior existe em matéria de guardar
segredos no baú, e também de fazer esquecer qualquer fato do passado mais
ainda, pelo povo que não tem memória, já que a natureza humana é volátil,
bastando para tanto doses exatas de goebbelsianismo, arrota moralismo demais,
mas da mesma forma que aquele outro bom cristão da Câmara dos Deputados, mantém
cofres cheios de dólares em contas secretas pelo mundo afora, das fartas
“gorduras” repassadas por aqueles que sempre ganharam licitações nesse país.
Tomando doses
cavalares daquele líquido escocês de dezoito anos o safado do "Meu Primo
político" arrota o discurso de que antes não houve Sivam, Pasta Rosa, propinas nas privatizações, Proer, BC/Marka Fonte
Cindam, Sanguessugas, grampos telefônicos, TRT paulista, ralos do DNER, Base de
Alcântara, rombo transamazônico na SUDAM, desvios na SUDENE, computadores do
FUST, verbas desviadas no BNDES, reeleição e por aí vai. "Meu
Primo Político" como outros age como se em passado recente não tivesse
havido corrupção e escândalos políticos deslavados, que milagrosamente eram
todos engavetados e esquecidos pela mídia do Jornalismo da Obediência e pelos
capatazes que até hoje devem ter a alma suja no caminho da porta dos infernos.
Mas tenho que admitir
que devo respeitar suas opiniões e sua secreta condição de pertencer ao grupo
mínimo que sempre governou nosso país, e que quer a qualquer custo voltar a
governar sem nem mesmo esperar o que reza as regras constitucionais e as
premissas da democracia plena, que é a eleição de 2018, pois na condição do que
ele defende o mesmo está plenamente no convívio sagrado de “sua” razão.
"Meu Primo
político" faz parte do grupo daquele senhor que se coloca como príncipe
dos sociólogos e na velhice admite em opúsculo que sabia da roubalheira da
Petrobrás já em 2006, dos dois moralistas de Goiás e do Rio Grande do Norte
envolvidos em tudo que existe de mais podre em matéria de corrupção, daquele
rapaz paulista que acha que representa os trabalhadores brasileiros porque
controla com mão de ferro uma Central Sindical, daquele rapaz que tanto fez em
Minas Gerais que foi expulso de lá no voto, bem como daquele moço que segundo
fontes suíças movimentou quase meio bilhão de reais em 29 contas secretas por
vários países afora, algo em torno de cinco mensalões.
“Meu Primo político” é
um falso moralista de plantão esperando com a boca escancarada ao vento receber
nas próximas eleições dinheiro para suas campanhas exatamente da fonte
fundadora da corrupção nesse país, as empresas privadas. Tudo isso para
comercializar votos e consciências, exatamente de quem não tem memória nem
tempo para raciocinar, mais precisamente dos tolos que mais parecem personagens
anônimos do Admirável Mundo Novo de Huxley.
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