Pular para o conteúdo principal

NOVO ATAQUE À EDUCAÇÃO SUPERIOR

Por Genaldo de Melo

Estadistas de várias épocas da nossa história, atores que pensam no desenvolvimento social e econômico em todos os cantos do mundo, especialistas da área da educação, sempre defenderam a tese de que para que haja de fato riquezas dos povos, grandeza cultural e intelectual, bem como desenvolvimento econômico pleno, é preciso que se eduque o povo, que se estabeleça Educação Pública, gratuita e de qualidade, principalmente no Ensino Superior.

Jamais se pode discordar de que para que possamos ter pessoas com capacidade intelectual e técnica para promover riquezas e soluções sociais, sem que essas pessoas não tenham acesso ao ensino superior, principalmente quando essa maioria absoluta das pessoas ganha salários muito baixos, jamais teremos um país que de fato possa ser considerado uma nação desenvolvida.

É inadmissível a proposta de se pagar pelo ensino público superior, que para melhor se entender é privatizá-lo no Brasil, quando se ver dados referentes aos impostos que são pagos no país. Segundo dados do o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), é necessário trabalhar cerca de 149 dias do ano para quitar tributos, com um rendimento médio de R$ 2.789,00. A quantidade necessária de dias de trabalho varia de acordo com a renda, que entre R$ 3 mil e R$ 10 mil, leva 157 dias para alcançar o objetivo. Nas rendas superiores a R$ 10 mil, são 150 dias.

Então não se sustenta tal absurdo como se fosse normal. E mais absurdo é que a proposta é apresentada e relatada por nada mais nada menos do que por gente que nada de educação e desenvolvimento econômico entende. Afinal, de que mesmo entende de educação ou desenvolvimento brasileiro esse deputado desconhecido do grande público, o tal de General Peternelli, e o rapaz que até outro dia fazia barulho nas ruas, Kim Kataguiri, ambos do União Brasil paulista?

Não se sustenta a justificativa de que com isso vai se ter recursos principalmente para investir em ciência, tecnologia e qualidade daquele ensino, pois quem paga mais impostos para que o Estado dê as condições para que toda a sociedade brasileira tenha direito à educação Pública, e aos resultados de pesquisas em novas tecnologias e da ciência, são os cidadãos de menor poder aquisitivo.

Estão brincando e achincalhando com a sociedade brasileira, porque estão dialogando com uma realidade diferente do passado recente em que havia reação à altura, ou seja, a maioria dos cidadãos que foram colocados nos laboratórios de cegueira política não estão reagindo politicamente contra esses absurdos. E querem mudar o sistema de ensino superior sem aceitar, ou até mesmo não entender, sobre a realidade brasileira. Mas tudo tem limites, e esses limites são as urnas de outubro.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LITERATURA

 

A cada dia aumenta o número de pré-candidatos em Feira de Santana, agora é Dilton Coutinho

Por Genaldo de Melo Mais um nome entra na fogueira das discussões e cogitações para ser candidato ao Paço Municipal em Feira de Santana, e o assunto não deixa de ser cogitado hoje em rodas de conversas, jornais, sites e blogs, além do mundo política da cidade. Dessa vez surge como candidato o radialista Dilton Coutinho, nome bastante conhecido nos meios de comunicação local. Ontem em entrevista no seu programa Acorda Cidade na rádio Sociedade de Feira FM o deputado federal Fernando Torres (PSD) disse ser pré-candidato a prefeito, mas caso Dilton resolva ser do mesmo modo, ele oferece seu partido para abrigar o comunicador como candidato: “Eu sou pré-candidato a prefeito de Feira de Santana, mas se você for Dilton Coutinho eu abro mão. O PSD está a sua disposição amigo Dilton Coutinho”, disse Fernando Torres, presidente do PSD no município. Do mesmo modo a discussão apareceu ontem na Câmara de Vereadores pela vereadora Eremita Mota (PDT e pelo vereador David Neto (PTN).

A verdade sobre o esvaziamento das palavras golpe e "Fora Temer"

Por Genaldo de Melo Com a falta de povo nas ruas a mídia trabalha constantemente o esvaziamento do sentido real da palavra "golpe" que está acontecendo de fato.  A palavra "golpe" repete-se, repete-se, e repete-se como um mantra que perdeu o significado.  Num momento tão crucial como este, em que o projeto de governo eleito pelo voto democrático está sendo trocado por outro completamente diferente e que não passou pelo crivo das urnas, substituíram as grandes mobilizações de massa pela ação individual alegórica, pois se pulverizou a indignação popular apenas na palavra “golpe” nas redes sociais e em cartazes.  É impossível não notar que isso ocorre ao mesmo tempo em que a tradicional mídia jornalística trocou a aguerrida cobertura dos acontecimentos econômicos e políticos por um atual tom de meras trivialidades.  Quem acompanha o noticiário político e econômico não deixou de perceber que a mesma indignação que impulsiona inúmeras matérias jornalísti...