Pular para o conteúdo principal

Meu Primo está falando bobagens!

Por Genaldo de Melo


Ontem ouvi do danado do Meu Primo que o Governador da Bahia, Jacques Wagner, decretou com o seu gesto de apoio a Rui Costa o fim da era petista no poder no Estado, pelo fato de que este sempre assumiu as coisas impopulares do Governo, além de ser um nome pesado do ponto de vista eleitoral.

Segundo o mesmo discurso do danado do Meu primo o gesto nada democrático dos atores partidários que tomaram essa decisão vai afastar a militância do processo eleitoral que deverá levar ou não Rui Costa ao Governo do Estado no próximo outubro.

Bem, fico aqui com meus botões calado, porém pensando o seguinte: nunca vi militância eleger ninguém, porque voto ideológico não elege ninguém, nem na Bahia, nem no Brasil, nem no céu e nem no inferno, porque política é feita de números e não de estatísticas de partido político! Outra coisa, é bom lembrar que muita gente que está com esse discurso não chegou nem perto dos votos que o deputado federal alçado a condição de candidato da situação na Bahia teve em 2010!

É bom também lembrar que em 2006 Wagner fez campanha e ganhou aquelas eleições no primeiro turno, sem participação de militância nenhuma, porque a grande maioria da chamada militância petista achava que Wagner funcionava como palanque para eleger uma boa bancada de deputados federais e estaduais. Pois bem, eleição se ganha é com números e não com falastrões carregadores de bandeiras vermelhas, meu caro Primo!

E pelo que vi Rui Costa foi escolhido de forma antecipada e inusitada na história, com os votos da maioria do diretório estadual de seu partido. Portanto falar bobagens todo mundo tem o direito antes do processo eleitoral que apaixona e cega, depois se cala...

Ninguém entra na história, ou seja, no mundo político, para perder. Todo mundo entra no processo para disputar e ganhar, e ganhar ou perder é consequência do próprio processo. Mas segundo o danado do Meu Primo se a militância não entrar na campanha Rui perde a eleição. Acho que ele não vai precisar de mil ou dois mil militantes apenas, ele vai precisar é de milhões de baianos com direito a voto, que não sabe absolutamente nada de partido político, ou mesmo o significado da palavra militância.

Aconselho ao danado do Meu Primo (apesar de eu não ser petista, graças à Deus) para lembrar de dois fatos de Wagner. Ele convenceu um bispo a parar sua greve de fome, e convenceu um Estado inteiro para votar contra as forças do carlismo. E seguindo essa lógica ele pode ainda eleger até um poste a Governador da Bahia.


Veja lá o que diz, Primão!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LITERATURA

 

A cada dia aumenta o número de pré-candidatos em Feira de Santana, agora é Dilton Coutinho

Por Genaldo de Melo Mais um nome entra na fogueira das discussões e cogitações para ser candidato ao Paço Municipal em Feira de Santana, e o assunto não deixa de ser cogitado hoje em rodas de conversas, jornais, sites e blogs, além do mundo política da cidade. Dessa vez surge como candidato o radialista Dilton Coutinho, nome bastante conhecido nos meios de comunicação local. Ontem em entrevista no seu programa Acorda Cidade na rádio Sociedade de Feira FM o deputado federal Fernando Torres (PSD) disse ser pré-candidato a prefeito, mas caso Dilton resolva ser do mesmo modo, ele oferece seu partido para abrigar o comunicador como candidato: “Eu sou pré-candidato a prefeito de Feira de Santana, mas se você for Dilton Coutinho eu abro mão. O PSD está a sua disposição amigo Dilton Coutinho”, disse Fernando Torres, presidente do PSD no município. Do mesmo modo a discussão apareceu ontem na Câmara de Vereadores pela vereadora Eremita Mota (PDT e pelo vereador David Neto (PTN).

A verdade sobre o esvaziamento das palavras golpe e "Fora Temer"

Por Genaldo de Melo Com a falta de povo nas ruas a mídia trabalha constantemente o esvaziamento do sentido real da palavra "golpe" que está acontecendo de fato.  A palavra "golpe" repete-se, repete-se, e repete-se como um mantra que perdeu o significado.  Num momento tão crucial como este, em que o projeto de governo eleito pelo voto democrático está sendo trocado por outro completamente diferente e que não passou pelo crivo das urnas, substituíram as grandes mobilizações de massa pela ação individual alegórica, pois se pulverizou a indignação popular apenas na palavra “golpe” nas redes sociais e em cartazes.  É impossível não notar que isso ocorre ao mesmo tempo em que a tradicional mídia jornalística trocou a aguerrida cobertura dos acontecimentos econômicos e políticos por um atual tom de meras trivialidades.  Quem acompanha o noticiário político e econômico não deixou de perceber que a mesma indignação que impulsiona inúmeras matérias jornalísti...