Por Genaldo de Melo

Alguns militantes políticos do chamado campo da esquerda ainda mantêm o discurso do voto ideológico como prerrogativa para se vencer eleições para postos executivos no Brasil. A história tem comprovado que o voto ideológico literalmente falando tem feito bons parlamentares, que quando assumem seus mandatos de forma honrosa cumprem de fato o papel que cabe ao parlamentar na sociedade brasileira, e especialmente na sociedade baiana. Mas para o Executivo nunca antes na história desse país! Os exemplos mais elementares são Lula e Wagner.
O fato político dos últimos dias que derruba por terra o discurso do voto puramente ideológico para eleger um chefe de executivo foi o encontro que o PSD realizou para lançar Rui Costa para Governador e Otto Alencar para a Câmara Alta da República, com mais de 150 prefeitos, mais de 100 ex-prefeitos, e mais de 80 vereadores escolhidos à dedo. Provou com isso que além dos votos ideológicos que Rui vai ter no próximo outubro, ainda vai amealhar votos para tentar se eleger Governador do chamado campo conservador, que em suma configura-se na maioria na Bahia. É Otto Alencar trabalhando de mansinho para cumprir seu acordo feito com Jacques Wagner!
Esses militantes do campo da esquerda que estão a reclamar das coisas políticas falam muito, e até demais, mais nunca cumprem o papel de bons cabos eleitorais, além de não fazerem o que ensinava Lenin, que é educar permanentemente o povo “porque tudo se resume em mudar a própria cabeça”. Pois na realidade o que Wagner e Otto estão fazendo com Rui Costa é procurar manter o projeto político que os próprios militantes indignados consideram o melhor, inclusive para manter os cargos destes. Mas eles ficam como siris na lata atrapalhando sempre o processo.
O que o PSD fez também comprova que o candidato a Governador em 2014 do campo da situação está bem na fita, e quem entendeu o gesto, e ideologicamente também compreendeu a importância do gesto, vai cair em campo e comer poeira pela Bahia afora nas próximas eleições. Porque nem Geddel Vieira, nem Paulo Souto, nem Gualberto e nem aleluia estão brincando de fazer política.
É preciso compreender que para chegar a determinados fins, determinados meios são necessários. Ninguém dá de graça um mandato de Senador da República, meu caros militantes! Todo mundo tem de trabalhar para convencer os eleitores sem tempo de ler e saber o que é ideologia.
Sei claramente o que é voto ideológico!
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