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Faltam livrarias em nossa cidade


Por Genaldo de Melo
 
Uma cidade pode ser considerada mais avançada do que outra pelo nível cultural de seu povo. É exatamente nesse aspecto que reside as premissas do desenvolvimento social, político e econômico. Um povo que não cultiva no mínimo a leitura é um povo fadado a ser considerado menor do ponto de vista cultural. 

O povo de Feira de Santana tem se caracterizado como mais avançado do que as populações de muitos outros municípios, tanto pelo processo de sua formação pautada em experiências culturais latentes, como também pelo processo cultural de Dinâmica de Fronteira. Isso ninguém tem dúvidas!

A diferença fundamental para tanto está no fato principalmente de ser um povo que ler mais, influenciados tanto pela necessidade natural disso, como pela existência de um setor acadêmico mais avançado, principalmente com a existência de instituições de Terceiro Grau reconhecidas.

Porém um fenômeno latente tem deixado a desejar em Feira de Santana. Por incrível que pareça no município praticamente não existem livrarias, raras poucas exceções. No Centro da cidade existe, além de livrarias de caráter religioso, apenas uma livraria. Na verdade livraria de grande porte que deveria atender nossas necessidades culturais, apenas existe no shopping da cidade.

Talvez para algumas pessoas isso possa ser grande bobagem, pois discutir a falta de livrarias na cidade pode ser que não seja de fato importante. Pode ser que para algumas pessoas isso também não é coisa do Poder Público, que deveria incentivar a leitura de sua população. Enquanto este não se atentar em criar algum programa de incentivo à leitura, especialmente para a população de pouca idade, nunca também ninguém vai querer colocar uma livraria na cidade. Porque vai vender para quem?

É necessário de fato compreender que uma cidade não é feita apenas de homens e mulheres que não têm a capacidade de pensar o futuro. É necessário que todos tenham a capacidade de raciocinar e criar o futuro de nossa cidade, e para isso os livros são as chaves que nos ajudarão a abrir as portas da percepção do futuro.

O Estado brasileiro criou recentemente um instrumento que ajudará a população mais pobre a ter acesso à cultura, principalmente aos livros. O Vale-cultura é um mecanismo inovador que precisa ser socializado, principalmente pelo Poder Público local. E urgente!

Mas me chega um cidadão de paletó na Praça da Alimentação e me diz que estou falando bobagens, porque o povo não precisa ler para não compreender política e votar em outubro em candidatos que eles nem conhecem suas propostas. Bom rapaz esse cidadão, mas ele pensa assim exatamente porque ele ler!

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