Por Genaldo de Melo

Existem uns absurdos políticos no Brasil que devem ser motivo de piada em outras nações do mundo, principalmente quando envolvem a participação direta de indivíduos com mandatos parlamentares que são ligados à religiões polêmicas, e principalmente fundamentalistas.
A mais nova notícia que recheia manchetes de jornais sobre esses absurdos determinados pela condução política, a partir de negociatas feitas por votos para assumir postos de poder, é a provável nomeação do deputado federal baiano ligado a Igreja Universal do Reino de Deus, Márcio Marinho, para assumir a Secretaria de Comunicação da Câmara dos Deputados.
Não que o deputado não tenha competência para assumir uma estrutura de mais de 500 funcionários, com rádios, canais de TV e vários portais de internet. Na verdade a perplexidade do assunto é porque ele é ligado a uma igreja realmente com postura fundamentalista, ligada ao senhor Edir Macedo, e que ainda apresenta na Rede Record dois programas, o "Balanço Geral" e o "Patrulha do Consumidor".
A pergunta que não quer se calar, é se de fato ele vai ser imparcial em sua postura ao administrar uma estrutura tão importante em repassar as notícias da Câmara dos Deputados, ou vai fazer como fez o ex-deputado Eduardo Cunha, que utilizou aquela estrutura para defender apenas os seus interesses particulares?
O setor de comunicação da Câmara, a Secom (Secretaria de Comunicação), passou a ser chefiado por um deputado, a partir de iniciativa do ex-presidente Eduardo Cunha, e parece que também passou a ser estrutura de barganha política, porque manchetes de jornais dizem que Márcio Marinho vai assumir a estrutura como resultado dos votos que o PRB deu para Rodrigo Maia (DEM/RJ) ser o presidente da Câmara dos Deputados.
Pelo visto é o Brasil de sempre, não muda!
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