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A rainha da Inglaterra das terras brasileiras


Por Genaldo de Melo
Iotti / Agencia RBS
Quem se acha no direito de apenas chefiar os outros sem ouvir absolutamente ninguém, acaba chefiando um rebanho de tolos prontos ou uma legião de demônios com sede. Não existem outras palavras para definir melhor um homem que foi eleito democraticamente pelas urnas, mas se tornou uma espécie de rainha da Inglaterra por querer ser chefe sem força.

Se Bolsonaro tivesse força política suficiente poderia até criar um grupo de tolos conscientes para governar com ele outro rebanho de tolos inconscientes de sua tolice. Mas a falta de inteligência política, comprovada em 28 anos de Congresso Nacional sem participar de comissão temática nenhuma, expõe sua incapacidade para governar tolos, se fosse fácil criá-los nos tempos de hoje.

O resultado de sua inépcia, aliado a sua necessidade doentia de criar inimigos o tempo todo, de não querer descer do palanque para governar, fez com que ele escolhesse para ajudá-lo a governar, uma legião de demônios. Os mais fracos ele consegue deixá-los pelo caminho como demônios rejeitados, mas os mais espertos estão colocando ele no bolso.

Mandetta nunca foi um anjo de candura, e a história dele parcela da população que tem memória sabe muito bem disso. Mas aproveita muito bem o momento histórico em que se encontra, aproveita muito bem aquilo que Maquiavel chama de "Fortuna", e em vez de ser chefiado impõe no direito que a força lhe permite, aquilo que é necessário e que a população quer diante da crise sanitária que vivemos, e coloca Bolsonaro na condição de uma rainha da Inglaterra das terras brasileiras.

O ministro da Saúde faz exatamente o que Bolsonaro é obrigado “politicamente” a fazer em função do cargo que exerce, ou seja, fazer o que deve ser feito e não o que deveria ser feito. Com isso, Bolsonaro comprova definitivamente que não sabe de nada da arte da política, nem da arte de administrar a coisa pública.

É apenas mais um tolo fraco que apenas aproveita as benesses do poder sem de fato exercê-lo. Pois a pandemia do coronavírus exige ação e não palanque, exige atitude como a maioria absoluta dos líderes do mundo estão tomando, e Bolsonaro ainda não compreendeu que ele é Presidente de uma nação de 210 milhões de seres humanos. É uma pena!

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