Por Genaldo de Melo

No mundo político existem homens que só
funcionam enquanto estão em pleno confronto com qualquer outro inimigo. Se não
houver esse inimigo eles inventam. Se não existir como inventar um inimigo
real, eles inventam iguais a um Dom Quixote fora dos livros, seus inimigos
imaginários.
Bolsonaro
nos seus dias de governo vem provando o que sempre foi sua história, um homem
feito para o confronto com inimigos que ele mesmo inventa, como sempre fez nos
seus quase trinta anos de parlamento.
Como deputado isso funcionou muito bem,
porque suas responsabilidades consistiam apenas em está presente no plenário do
Congresso Nacional e nas urnas em tempos de eleições. Mas para governar é
diferente, não se pode criar inimigos, quando a política como coisa em si exige
consensos.
Pode até mesmo durar um certo tempo sua
quixotesca guerra cultural contra seus inimigos imaginários, esquerdistas,
comunistas, e membros do tal de marxismo cultural, mas o próprio tempo lhe
exige seriedade para governar, porque foi eleito para isso.
Se ele não mudar de estratégia nos próximos
meses, não definir uma linha de gestão na queda de braço com o Legislativo, não
decidir quem governa, se ele ou os três grupos que em giram em sua órbita ou se
seus filhos, ele vai definhar politicamente dentro de seu palácio provisório,
defendido apenas por seus seguidores que não sabem nada de política.
Inimigos
imaginários somente criam esqueletos políticos e a história cruel como sempre é
a prova dos nove!
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