Por
Genaldo de Melo

Por mais que hitlernautas de
plantão com sede doentia não se sabe de quê, e que mesmo grande parcela da
juventude brasileira de boa vontade que muitas vezes são influenciados por
mentores das redes sociais, não concordem com a existência de partidos
políticos, eles não podem deixar de existirem, porque na formação do Estado
Moderno é o partido político que canaliza os anseios ideológicos dos mais
variados setores e grupos de interesses da sociedade.
Sem partido político o
Brasil jamais seria uma democracia. No mínimo seria um império totalitário. E
Estado de partido único todo mundo sabe no que dá. É somente ver o exemplo da
Alemanha hitlerista. E Estado sem partido não poderá jamais ter nenhum tipo de
conformação programática de Governo. O que, aliás, nunca teve na história da
civilização humana sociedades sem grupos organizados!
Decerto que os partidos
políticos no Brasil estão em crise, tanto política quanto institucional. Mas a
raiz do problema deve ser estudada e não colocada para avaliação equivocada nas
ruas, pois isso é grave para um Estado Nacional como é o caso do Brasil.
A juventude nas ruas contra
os partidos políticos é também resultado da falta de democracia dentro dos
partidos políticos, que têm literalmente donos.
Como verdadeiros feudos as
agremiações partidárias no Brasil têm seus proprietários. Indivíduos que
literalmente ditam as regras de convivência, e alijam (expulsam) do quadro
partidário quem discorda de suas opiniões. E na grande maioria não representam
a população ao serem eleitos, mas pura e simplesmente representam indivíduos,
empresas e grupos empresariais que lhes deram recursos financeiros para
comprarem votos e consciências.
Na conformação partidária
brasileira não existe espaço para a juventude. Espaço até existe, mas sempre
para o filho do deputado que preside o partido, ou aquele jovem ousado que
acaba sendo cooptado pelos interesses mesquinhos dos dinossauros da política
brasileira.
Nas décadas passadas a
juventude brasileira tinha formação e consciência política, independentemente
da sua bandeira partidária. Lembremos aqui da juventude dos partidos
considerados de direita, bem como da juventude que se denominava de esquerda, como
por exemplo, membros da UJS, JSB e outras, e passemos a vergonha com os dias de
hoje em que um magote de senhores de mais de setenta anos que deveriam está
aposentados, ou até mesmo contribuindo melhor com a sociedade brasileira em
suas empresas familiares, mamando no poder como um vício, uma espécie de
“crack” político.
Por isso que os partidos
políticos estão em crise! Porque não alimentam mais a chama da esperança do
povo, bem como não formam mais politicamente ninguém com o miserável medo de
que tomem os seus espaços privilegiados de poder.
Isso é preocupante porque os
hitlernautas voltam agora com a ideia de militarizar o Estado. É lógico que são
poucos, mas na Alemanha dos anos trintas eram poucos também, mas
ridicularizaram os mais inteligentes, que sempre acabam sendo os primeiros a aderirem
à ideia do novo, como se fossemos todos uniformizados e não diversos!
A juventude brasileira pela
falta de verdadeiros partidos políticos (com exceções, é lógico!) está sendo
guiada como um bárbaro que não sabe a força que têm pelas regras do Facebook,
da Microsoft e Google. Ou seja, se não tomarmos cuidado os partidos políticos
serão no Brasil serão substituídos pelas gigantes da informática dos Estados Unidos
da América e seus clubes de contenção.
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