Por Genaldo de Melo

Em tese o Poder Legislativo de Feira de
Santana deveria ser independente, com a capacidade de fiscalizar as ações
elementares do Poder Executivo e com a prerrogativa de propor projetos de lei
que possam solucionar os problemas do município, bem como melhorar a vida do
povo. Mas no município isso somente existe em tese, pois os Edis feirenses
parecem que tem donos literalmente falando. Não se prestam ao papel para o qual
foram eleitos pelo nosso povo, mas ao papel de extensão, ou do Poder Executivo
ou de algum moço que goza das prerrogativas das casas legislativas, Estadual e
Federal.
Avaliando o primeiro semestre da atuação dos
nobres vereadores feirenses concluímos que parece que a atual legislatura é bem
pior que bancadas anteriores na Câmara. Não propuseram nada, apenas obedeceram
a ordens de eminências pardas e votaram em tudo que vai prejudicar nosso povo
daqui prá frente. Na realidade alguns chegaram a trair de fato a confiança
daqueles que lhes delegaram o poder de representação através do voto.
Aumentar “na cala da noite” a taxa de
iluminação pública sem nenhum debate, com primeira votação numa segunda-feira e
segunda votação na quarta-feira seguinte é uma verdadeira traição com o povo. Aceitar
a criação de bairros em locais que todo mundo sabe ser zona rural sem uma ampla
discussão, com o risco eminente de prejudicar parcela da população que para a
Previdência Social é considerada especial é um verdadeiro soco no fígado
daqueles que no último 07 de outubro confiaram neles. Feira de Santana não tem
de regredir, tem que de fato crescer, mas o povo precisa saber o que está
acontecendo. As novidades precisam de amplos debates e não de se calar a voz.
A história que é a prova dos nove comprova
que toda imposição política de poucos causa sempre problemas depois. Alguns
vereadores de Feira de Santana estão parecendo marionetes, aprovando propostas
sem medir as conseqüências. Têm alguns que o máximo que fazem é teatro em
eventos públicos para aparecer nos jornais locais. Tem gente na Casa da
Cidadania que um dia pega ônibus para demonstrar a precariedade do transporte
público, e em outro dia depois que assina requerimento de CPI do Transporte
misteriosamente retira sua assinatura. E uma grande parcela deles fala em nome
de Jesus, mas quer que o povo se dane, porque obedece somente aquele outro tal
que lhe deu dinheiro para gastar na campanha eleitoral.
É assim que termina o primeiro semestre dos
nobres edis feirenses, tristemente envergonhando nosso povo, atrelados literalmente
ao Poder Executivo e sem capacidade de raciocinar melhor em defesa dos
interesses reais da população de Feira de Santana. É lógico que tem exceções!
Que vergonha!
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