Por Genaldo de Melo

Com as mudanças tímidas para o processo eleitoral que acontecerá em outubro próximo, a partir
de novas regras elementares da Minirreforma Eleitoral que aconteceu recentemente,
muita coisa parece que pode mudar. É o que pensa muita gente que vive da política, ou mesmo
se interessa por ela, principalmente em função do fim do financiamento
empresarial de candidatos, grupos ou partidos políticos.
Embora muita gente
também desconfie veementemente que não vai mudar muita coisa, até porque empresário
que financia candidato, grupo ou partido para ganhar licitações de obras
públicas, provavelmente não vai deixar de fazer isso, somente porque uma Minirreforma
Eleitoral muita fraca e pequena vai exigir isso. Caixa dois nunca deixou de
existir, e é também considerado muito difícil de ser extirpado da sociedade
brasileira pela sua cultura política.
Mas uma coisa é fato,
mesmo sendo uma pequena, mas não deixa de ser uma pequena reforma, nos
processos que decidirão os rumos de quem ficará responsável por governos
municipais, bem como quem ficará nas câmaras de vereadores pelo Brasil afora. É
pequena, mas deve ter uma extensão em resultados de sua pequena ação, que
poderá ser observada mesmo que em pequeno prazo.
Provavelmente teremos
muitas mudanças também aqui em Feira de Santana com as novas regras, porém uma
coisa é clara, quem decidirá quem é quem no processo de novo não vai ser o
povo, porque o povo não tem muito tempo para pensar, e nem criar seus
verdadeiros representantes numa estrutura política que quem decide quem é quem
são os “donos” dos partidos políticos, os donos das estruturas empresariais que
existem em função do Poder Público, bem como os donos elementares das máquinas
administrativas, municipal e estadual.
A eleição vai ser
naturalmente federalizada, mas vai ser necessária muita inteligência também
para ter que apresentar nomes para o povo, especialmente interessados em serem vereadores,
sem serviços prestados, a não ser atividades sociais que existem porque estes
são cabos eleitorais dos nomes que giram em torno dos interesses do controle da
máquina governamental municipal a partir de janeiro próximo.
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