Por Genaldo de Melo

O jornalismo da obediência da imprensa
tradicional sempre teve lado, e isso é fato! Mas em tempos de total liberdade
de escolhas ele deve ser obrigado a respeitar os diferentes, pois não pode ser
como aquele jornalismo do tempo de Napoleão Bonaparte, em que apenas um espaço
de opinião dizia o que o povo deveria ouvir.
Para
lembrar: quando Napoleão fugiu da Ilha de Elba e desembarcou no Golfo Juan, o maior
jornal da França escreveu em sua manchete principal: “O bandido corso tenta
voltar à França”; quando o bandido corso alcançou o meio caminho de Paris, o
mesmo jornal escrevia: “O general Bonaparte continua sua marcha rumo à Paris”.
E continua a mudança de cantilena: quando o
General Bonaparte se encontrava a um dia de Paris, o jornal dizia: “Napoleão
segue sua marcha triunfal”; quando Napoleão entrou na capital de seu império
perdido, o periódico sensacionalizou o processo de sua informação com esta
manchete: “Sua Majestade o imperador entrou em Paris, sendo entusiasticamente
recebido pelo povo".
O jornalismo da obediência no Brasil está
passando dos limites, pois para ele bandido corrupto e quadrilha organizada na
política é só de um lado, pois o outro apesar de tantas sujeiras jamais deixou
de ser majestade, sem nunca ter pelo menos visitado uma Ilha de Elba. Pior para
ele em tempos de internet e imprensa alternativa!
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