Por Genaldo de Melo

Tenho
acompanhado com bastante atenção a novidade de se retirar a Rodoviária de Feira
de Santana da região central da cidade, considerando também que ela pode está
defasada e no lugar errado, ou até mesmo com uma infraestrutura ultrapassada
para suas necessidades dos novos tempos.
Uma das
premissas de quem defende esse deslocamento para a região da Noilde Cerqueira é
de que diminuiu muito o
número de transeuntes e passageiros daquele lugar, mas não levam em
consideração que essa mudança se deu exatamente porque o sistema de transporte
também mudou. Não se pode comparar o que foi a rodoviária, e de como ela serviu
há alguns anos atrás, com o momento em que vivemos, em que as pessoas passaram
a utilizar menos o ônibus como transporte, para usar os famosos “ligeirinhos” e
o sistema alternativo de transporte de quase todos os municípios da região.
Concordo com todos os argumentos, não levando
em consideração os interesses econômicos que sempre existem por trás de cada
tomada de decisão como essa, pois parece que querem construir ali um local de
pequenas lojas, mas não posso concordar é em fazer com que a população das
cidades vizinhas a Feira de Santana, acostumada a descer de seu transporte para
resolver suas coisas no centro comercial de nossa metrópole, passar a descer
praticamente fora do eixo urbano, dependendo de outro transporte para chegar ao
seu destino que é exatamente o centro da cidade.
Posso até não está certo, porque não analiso
do ponto de vista técnico, mas do ponto de vista da necessidade humana e cidadã
de quem depende de Feira de Santana e reside nas cidades do entorno. Defendo
então que se querem retirar a Rodoviária do centro da cidade que procure então
fazer uma distinção nesse processo.
Que fique o espaço que querem construir na
região da Noilde Cerqueira para quem vem das cidades mais distantes e que
deixem a Rodoviária que hoje existe para receber quem vem das cidades vizinhas
de Feira de Santana, porque essa parcela da população é exatamente formada por
aqueles que vêm e voltam no mesmo dia para suas localidades de origem.
Qualquer argumento em contrário não mudará
minha opinião, porque defendo que quem depende de Feira de Santana não passe a
enfrentar todos os transtornos que irão surgir para chegar aos destinos mais
procurados, que são o comercio local e setor prestador de serviços. Melhor
pensar para não imitar um fazedor de obras incompletas!
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