Por Genaldo de Melo
Tem algum tempo que não
escrevo nada para procurar emitir opinião sobre a mídia e seu papel junto a
sociedade brasileira. Tenho procurado evitar isso porque tenho observado que já
existem muitos bons jornalistas, blogueiros e formadores de opinião já
cumprindo essa missão com competência e exatidão. E, além disso, tem muitos
outros temas que são relevantes e necessários que sejam socializados, pois do
contrário ficarão esquecidos para muitos.
Porém num momento em que
reconhecidos formadores de opinião levantam a voz para falar sobre o
financiamento da mídia brasileira, não posso deixar de emitir também minha opinião,
e nem me dá ao luxo de não fazê-lo. Como é que pode o grupo que coordena o
poder no Brasil hoje financiar literalmente falando a parte da mídia
brasileira, que mais bate e persegue exatamente esse próprio grupo, com o
discurso de que aqueles têm audiência e muitos leitores?
Ora amigos, acho isso de
extrema falta de inteligência! Pois considero que boa parte dos jornalistas e
editores dos meios de comunicações no Brasil tem lado na política, com exceção
de alguns abnegados, bem como daqueles que fazem jornalismo sério sem depender
da política para tanto.
Como não tenho compromisso
com o Jornalismo da Obediência, nem com grupos políticos que considero
totalmente contrários aos interesses da maioria dos brasileiros, e ainda mais
com quem não paga meu salário, posso dizer em alto e bom som que acho (acho
não, tenho certeza) que é a mais pura miopia intelectual que já vi na vida o
que o atual Governo está fazendo com os recursos do Ministério das
Comunicações, ou seja, financiar exatamente quem lhe sangra noite e dia com
suas opiniões.
Falando metaforicamente não
concordo, e jamais daria dentro da minha casa a “pedra de amolar” o punhal que
poderá me matar no meio da noite. Pensando politicamente, o inimigo deve dormir
fora de casa, e ainda assim vigiado a ferro e fogo.
Mas como tem gente ainda que
tem resistência a raciocínio, e do mesmo modo, como tem gente ainda que pensa
que na política tem ingenuidade, essas coisas acontecem. Dinheiro público tem
que ser de todos, pois então que financie todos e não apenas os inimigos ora! Deveriam
seguir o exemplo de Getúlio Vargas e criar um novo Última Hora, ou até mesmo seguir
o exemplo da França, que além de financiar o Le Fígaro, financia também o Libération e o Nouvel Observateur.
Nesse sentido, chego a
conclusões obscuras e um pouco preocupantes, fazendo uma análise de conjuntura.
Parece que 2014 é uma incógnita, e eminências pardas existem e estão escondidas
a sete chaves, ou então não entendo nada de política e devo deixar de falar e
escrever bobagens de uma vez por todas.
A própria competência
política exige razões que as emoções não resolvem, e os raciocínios anuviados
não enxergam. Prefiro entender Musashi com sua espada longa no rosto do inimigo
do que entender o discurso de altas audiências de televisões que desconstrói a cultura
de nosso povo, bem como de revistas que cegam.
Mas como sempre existe
lógica no poder, ainda deve haver razões que ainda não compreendemos, porque
somos um pouco cegos, também por causa do dinheiro público de um Governo
repassado para seus inimigos nos cegar.
Um dia a gente entende isso!
Porque por enquanto somente Helena Chagas compreende o repasse de cerca de 70%
para publicidade em veículos de comunicação (Veja,
Globo, Folha, SBT, Record, Estadão etc. e coisa e tal) para sangrar seu próprio Governo.
Comentários
Postar um comentário