Por Genaldo de Melo
Confesso que apesar de não ter
uma opinião formada em seu todo sobre os membros do Supremo Tribunal Federal,
pois não os conheço, não posso concordar com a opinião do relator do processo
do Mensalão, quanto a este Poder da República brasileira não ter que dá a
satisfação a ninguém. Fiquei deveras preocupado com nota que vi na Folha de São
Paulo semana passada em relação ao assunto.
Sempre tive grande admiração
pelo Ministro Joaquim Barbosa, mas querer que o STF não dê satisfação à
sociedade brasileira, como se aquela casa fosse alguma Versalhes de Luís XIV,
configura-se uma grande falta de consideração com todos os brasileiros. Se o
Poder Executivo e o Poder Legislativo devem explicações à sociedade, tanto que
este último tem ex-membros sendo justamente julgados, o STF como reserva moral,
sendo o Poder Judiciário, também deve explicações ao povo brasileiro.
O Ministro propriaense,
presidente do STF, Carlos Ayres de Brito, sabe do papel do Poder Judiciário
numa democracia. E como sabe disso, que o poder emana do povo e para o povo,
fez exatamente seu papel, apresentar satisfações ao povo. Pois o Brasil não quer
satisfação apenas de dois poderes, o Executivo e o Legislativo, mas também da
justiça brasileira e de seus atos.
Se o Supremo Tribunal Federal
não tem que dá satisfação ao povo brasileiro, estaremos então compreendendo que
a Presidente da República e os parlamentares brasileiros, se não quiserem
apresentar satisfação de seus atos, estarão todos absolutamente corretos.
Alguém pode até não
concordar comigo, quando discordo da opinião de autoridades constituídas, que
sempre admirei e devoto a mais elevada consideração, pelo trabalho sério e comprometido
com os mais elevados valores éticos e morais, mas mesmo assim continuarei
discordando quando o assunto for a falta de transparência dos três poderes da
República junto à sociedade brasileira.
Só quem não deve explicações
a ninguém é Deus!
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