Por Genaldo de Melo
A incrível capacidade de alguns
formadores de opinião que agem como ideólogos de partidos políticos, e até
mesmo grupo políticos consolidados, pode ser um grande erro para 2014. Do mesmo
que o “status quo” vigente do poder no país também pode, porque política nunca
foi coisa para freiras e nem para santos. Aliás, se os santos fizessem política
o que seria do céu?
Pelos corredores metafóricos
dos bastidores do mundo político desse país quatros forças ocupam lugar certo
hoje no imaginário político. Além dessas forças outras paralelas tentam impor
suas agendas nesse cenário, talvez para barganhar espaços de poder.

A correlação de forças em
torno da reeleição de Dilma Rousseff têm dado claras demonstrações de que
hegemoniza o debate e os espaços políticos literalmente a nível federal. Com formadores
de opinião tão apaixonados que são simplesmente capazes de não enxergar que
estão coordenando uma constelação de forças políticas, que mesmo compreendendo
que estão no bojo de um projeto político iniciado pela liderança do
ex-presidente Lula, podem não está satisfeitos apenas com o papel de coadjuvantes.
Esse projeto colocou técnicos para administrar o país, e colocou também do
mesmo modo um técnico para governar a simbólica cidade de São Paulo, mas pode
não ter satisfeito a ímpia necessidade de poder regional que alguns precisam. E
voto não é ideológico, mas sim de processos de marketing ou de escravismo
ideológico. Mas Dilma está com a faca, o queijo e o pão nas mãos, e com a
melhor assessoria do país...

Marina Silva que se pautou pelo
discurso do ambientalismo nos últimos tempos, e respeitadíssima por grupos
empresariais fortes e por grande número de religiosos pelo Brasil afora,
consolidou-se com representante de uma força paralela na política brasileira,
depois de seus cerca de 20 milhões de votos em 2010. Os desafios do grupo que
ela coordena politicamente são imensos, até porque na política qualquer estrela
deve brilhar o tempo todo, e ela acabou saindo nos últimos anos de dois grupos
e tem que criar urgente um instrumento partidário para se colocar como
alternativa. A paixão aqui não resolve, pois o prazo pode ser um empecilho
nesse processo. Ou se cria urgente seu Rede Sustentabilidade ou o barco afunda!

Os tucanos tentam a todo
custo hegemonizar a imagem do Senador Aécio Neves como o grande salvador dos
interesses de minorias do poder econômico que está há muito tempo longe do foco
das decisões políticas. Mas desorganizados como estão, brigando inclusive por
cargos dentro do próprio partido, a cada dia são focos de opiniões negativas,
inclusive de seus próprios ideólogos de plantão. Se ele coordena os processos
políticos em Minas Gerais, para se consolidar como força para se apresentar
como alternativa deve saber coordenar seus pares principalmente em São Paulo. Na
mídia seus formadores de opinião lhe dão conselhos o tempo todo para deixar o
controle do partido com os paulistas. Se não fizer isso vai ficar mais difícil
de se viabilizar politicamente com um partido dividido para 2014, porque apenas
apoio econômico não viabiliza os louros da vitória se não tem os tentáculos nos
rincões do Brasil, que todo sabe que já tem donos.

O Governador de Pernambuco e
presidente do PSB, Eduardo Campos, também está deixando que seus marqueteiros coloquem seu nome
nas manchetes do mundo político como alternativa para tentar mudar a hegemonia
política coordenada pelo PT desde 2003. Porém parece que seus problemas não são
poucos, apesar de administrar o segundo Estado mais rico do Nordeste e
controlar grande parcela de sua máquina partidária. Aqui primeiro ele precisa
coordenar seus pares que governam os Estados, principalmente no Ceará, e
segundo se acertar com o povo de Petrolina, que está no Governo de Dilma. Família
apenas não elege ninguém para Presidente da República nesse país. Metaforicamente,
toda raposa deve saber sempre aonde as galinhas dormem, e deve saber que sua
fama se deve sempre as reclamações feitas pelo proprietário do poleiro!
Nesse cenário entram outras
pequenas forças políticas que gritam para o que o mundo inteiro possam ouvi-los
como o PDT de Carlos Luppi, e agora as maluquices do PSC com a exposição e
gritaria em torno de Marco Feliciano e seus pastores que estão a dizer por aí
que vão se viabilizar para 2014, além de outros... Cabe dizer que ideólogos de plantão têm sempre
certeza do agora, mas de outubro do ano vem os resultados vão ser daqueles mais
inteligentes, ou seja, daqueles que capazes não vão dividir nada, mas na
opinião unificar o discurso de todos.
Vamos ver no que vai dá
isso!
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