Pular para o conteúdo principal

É o mercado do futebol, imbecil!

Por Genaldo de Melo
Sempre gostei de futebol tendo um clube como prioridade no coração e na mente. Mas de um tempo prá cá perdi o gosto por assisti partidas de futebol na televisão por diversos fatores. Primeiro porque a principal emissora de televisão aberta no Brasil, que tem exclusividade das principais partidas exagera na criação da imagem individual de alguns atletas. Segundo, o futebol brasileiro não mais se preocupa com os resultados para o próprio país, mas para vender jogadores aos clubes europeus, como se futebol só existisse naquele continente. Terceiro o futebol brasileiro tornou-se medíocre pela sua própria natureza, pois não é mais a paixão, a arte ou o espírito esportivo que define as regras do futebol, mas o mundo dos negócios de poucos empresários sem escrúpulos por dinheiro. Além de outros motivos...

Um futebol que quer ser campeão do mundo não pode simplesmente querer resolver seus problemas e fracassos no tapetão, em detrimento dos resultados nas quatros linhas. Um futebol que quer voltar a brilhar como o melhor do mundo não pode passar a vergonha pelo mundo afora com torcidas organizadas se violentando como se estivesse em guerras, que são extensões da política. Um futebol para ser melhor do mundo não pode fazer o papelão que o time mineiro fez no mundial interclubes, com um técnico, que já foi prá lá dizendo que vai prá China, porque a proposta de lá é melhor do que a do time que ele deveria não medir esforços para ser campeão, como fez o time paulista no ano anterior.

Mais medíocre ainda não é isso, mais medíocre são os narradores e comentaristas de futebol que em vez de apresentar as partidas como são de fato nas telinhas, transformam-se literalmente em assessores de empresários do futebol, criando os “fenômenos”, os “imperadores” e os “fabulosos”. Se sabem tanto de futebol porque não colocam seus currículos na CBF para ficar no lugar de Felipão? Mas é assim mesmo que está sendo colocado, o Brasil todo agora para ser campeão depende do jovem mancebo do Barcelona! Que pena, e se perder...!

Bom, se estão preparando o Brasil para ser campeão para aumentar o mercado da bola do Brasil dá até para compreender por causa da alegria que isso vai causar no povo brasileiro. Mas será que os fins podem justificar os meios no futebol?

Apesar de todos esses contratempos vou ficar na frente da tela da televisão prá torcer pelo nosso selecionado canarinho, e continuar repudiando o mercado desenfreado que inventa até jogador que nunca vi falar aqui, que aparece do nada somente para valorizar seu passe.


Quem me garante que nesse campeonato brasileiro as regras foram descumpridas de propósito? Por que não se julga os desmandos e descumprimentos das regras sempre antes da rodada seguinte? Mas é esse o futebol que pretende ser campeão! Vamos lá Brasil...!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LITERATURA

 

A cada dia aumenta o número de pré-candidatos em Feira de Santana, agora é Dilton Coutinho

Por Genaldo de Melo Mais um nome entra na fogueira das discussões e cogitações para ser candidato ao Paço Municipal em Feira de Santana, e o assunto não deixa de ser cogitado hoje em rodas de conversas, jornais, sites e blogs, além do mundo política da cidade. Dessa vez surge como candidato o radialista Dilton Coutinho, nome bastante conhecido nos meios de comunicação local. Ontem em entrevista no seu programa Acorda Cidade na rádio Sociedade de Feira FM o deputado federal Fernando Torres (PSD) disse ser pré-candidato a prefeito, mas caso Dilton resolva ser do mesmo modo, ele oferece seu partido para abrigar o comunicador como candidato: “Eu sou pré-candidato a prefeito de Feira de Santana, mas se você for Dilton Coutinho eu abro mão. O PSD está a sua disposição amigo Dilton Coutinho”, disse Fernando Torres, presidente do PSD no município. Do mesmo modo a discussão apareceu ontem na Câmara de Vereadores pela vereadora Eremita Mota (PDT e pelo vereador David Neto (PTN).

A verdade sobre o esvaziamento das palavras golpe e "Fora Temer"

Por Genaldo de Melo Com a falta de povo nas ruas a mídia trabalha constantemente o esvaziamento do sentido real da palavra "golpe" que está acontecendo de fato.  A palavra "golpe" repete-se, repete-se, e repete-se como um mantra que perdeu o significado.  Num momento tão crucial como este, em que o projeto de governo eleito pelo voto democrático está sendo trocado por outro completamente diferente e que não passou pelo crivo das urnas, substituíram as grandes mobilizações de massa pela ação individual alegórica, pois se pulverizou a indignação popular apenas na palavra “golpe” nas redes sociais e em cartazes.  É impossível não notar que isso ocorre ao mesmo tempo em que a tradicional mídia jornalística trocou a aguerrida cobertura dos acontecimentos econômicos e políticos por um atual tom de meras trivialidades.  Quem acompanha o noticiário político e econômico não deixou de perceber que a mesma indignação que impulsiona inúmeras matérias jornalísti...