Por Genaldo de Melo

Embora a chapa de Lídice da
Mata (PSB) não esteja completa, e segundo rumores quase sofre um revés com a
desistência de Eliana Calmon ao Senado, mas que pela força política de Marina
Silva desistiu dessa idéia, o quadro da disputa política no próximo outubro
para definir quem comandará os rumos políticos e administrativos da Bahia
parece que começa a desanuviar politicamente.
Embora ainda falte a
complementação da chapa da nobre Senadora que tanto orgulha nosso Estado com
seu mandato, o quadro já está simplesmente definido. Três forças políticas e
alianças menores permearão a partir de agora o debate. Apesar da demora o povo
agora já sabe quem deverá escolher em outubro próximo.
Quem primeiro colocou o nome
nas ruas foi a chapa que será encabeçada pelo Deputado Federal Rui Costa (PT).
Segundo os analistas de todos os lados foi acertada a decisão, porque enquanto
a principal força de oposição ao Governo estadual não definia seu nome, cabos
eleitorais fortes de todo o Estado começaram a abraçar a proposta da força
política coordenada pela atual Governador Jacques Wagner (PT). Apesar do
discurso da oposição de que está na dianteira nas pesquisas, bom lembrar que a
campanha não começou ainda, e pesquisas comprovadamente não vence eleições na
Bahia.
O segundo nome do xadrez
político colocado nas ruas foi o nome da Senadora Lídice da Mata (PSB) pela
necessidade natural de seu partido construir palanque para o rapaz de
Pernambuco, candidato a Presidência da República. A Senadora sempre foi aliada
incondicional de Jacques Wagner (PT), mas ao assinar requerimento de CPI da
Petrobrás por força de sua legenda, demonstrou a seriedade de sua chapa para o
pleito próximo. Rumores dão conta de que a mulher que nunca (apesar do Carlismo
ter tentado a todo o custo destruí-la politicamente) ficou de fora do cenário
político na Bahia, pode eleitoralmente passar uma vergonha nas urnas, apesar de
continuar como senadora até 2018, como também pode ser uma grande surpresa. É
bom lembrar Shakespeare “você passa setenta anos para conquistar a confiança...e
apenas alguns segundo para perdê-la”.
A terceira, e mais
competitiva das forças postas no tabuleiro, vem encabeçada por Paulo Souto
(DEM). Depois de muita disputa entre Geddel Vieira (PMDB), Paulo Souto (DEM), e
João Gualberto (PSDB), prevaleceu o nome do DEM, não sei se do grupo em torno
de ACM Neto, ou do grupo que historicamente faz oposição ao grupo que governa a
Bahia atualmente. Analisar o jogo de interesses aqui é mais complicado, porque
ninguém sabe dos acordos que foram feitos, principalmente depois do recuo do
ex-deputado Leur Lomanto da SEMULT do governo de ACM Neto em Salvador. Mas
ninguém se engane, tem segredos de eminência parda nessa história!
Definida quase que praticamente
as três forças políticas que disputarão as próximas eleições de outubro, restando
apenas a definição das chapas proporcionais que aumentarão a capacidade de
defesa de interesses de quem ganhar ou perder a batalha eleitoral, resta dizer
que na Bahia quem vem definindo e formulando tudo são apenas as biografias e não a força dos
partidos políticos.
No campo da situação
prevaleceu o nome de Rui Costa (PT) por força e vontade do governador Jacques
Wagner. No campo hegemonizado pela senadora Lídice da Mata (PSB) prevaleceu a
vontade do seu presidente, o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos. E no
campo daqueles que fazem a verdadeira oposição à chapa governista, apesar de
existir a influência decisiva de José Ronaldo, Aleluia e Paulo Azi, o discurso colocado
durante todo o tempo é de que quem deveria decidir era prefeito de Salvador,
ACM Neto.
Pois é! São as biografias
quem decidiram as coisas e não os programas de partidos!
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