Por Genaldo de Melo
Devemos todos reconhecer o
direito sagrado de se manifestar contrário a determinadas posturas políticas
que não concordamos, pois essa é a maior prerrogativa de uma democracia que em
seu escopo se respeite como tal. Mas devemos também saber exatamente o que se
quer quando se vai às ruas vestidos ou de vermelho ou com camisas amarelas,
munidos de faixas, cartazes e de bandeiras brasileiras. Mas não ficou até agora
muito claro o que os manifestantes mobilizados pela Rede globo de Televisão
querem de fato. O que a Rede Globo quer todo mundo de senso e um pouco de juízo
na cabeça sabe, que é derrubar um governo legítimo eleito sobre as
prerrogativas constitucionais, sem o acesso às urnas.
Apesar de todo o barulho e
da atenção dispensada pelos jornalistas e helicópteros da Rede Globo, o que se
viu no último domingo nas ruas de apenas algumas cidades brasileiras foi uma
pequena multidão confusa sobre o que quer de fato reivindicar, e ao mesmo
tempo, a comprovação de fato de que a Rede Globo não consegue fazer a mesma
coisa com Dilma Rousseff como fez com o playboy caçador de marajás do início
dos anos noventa, o hoje senador Fernando Collor.
O caráter das manifestações
apresenta uma confusão que vai além de nossa compreensão, quando se considera
que quem foi às ruas são pessoas consideradas instruídas, de formação e que em
tese apresenta um nível cultural além daqueles outros que foram às ruas contra
o PL 4330. Pelo menos é isso que a Rede Globo e seus assalariados querem a todo
o momento deixar claro para o resto do Brasil. Alguém já disse na época do
nazismo que os mais inteligentes são os mais ridículos, porque são exatamente
aqueles que primeiro acreditam em mentiras repetidas várias vezes, como payola.
Mas de fato o que a Rede
Globo fez domingo demonstrou mais uma vez seu caráter elitista e que se partidarizou
de vez. A emissora em nenhum momento estava preocupada com a caráter das
reivindicações de seus manipulados, apenas estava o tempo todo preocupado em
apresentar estatísticas e números das ruas que diminuíram sensivelmente em
relação ao 15 de março último. Que vergonha para a ela, conseguiu de fato
derrotar a si mesma, como Quarto Poder que se considera!
Tomara que desista de seu
intento, porque senão na próxima manifestação que convocar para as ruas seus
jornalistas, seus helicópteros, suas câmaras mágicas e seus matemáticos de
plantão podem não encontrar mais seus manipulados nas ruas. Porque é a lógica
do cansaço dos fenômenos que dão resultados em curto prazo!
Porque quando ela derrubou
Fernando Collor nos anos noventa, ela derrubou a ela mesma, já que foi ela
mesmo que criou o grande caçador de marajás. E agora é mais complicado porque
Dilma se elegeu contra a própria, que tentou de todas as formas manipular as
informações para eleger primeiro Marina Silva, e depois em nova tentativa, Aécio
Neves. Fernando Collor não tinha base social, apenas um partido criado antes
das eleições somente para isso. E Dilma Rousseff tem quase uma dezena de
partidos em volta de seu projeto.
Está começando aos poucos a
desidratação midiática da insistência dessa emissora de televisão que sempre
achou que ela é quem deve escolher os governantes e não o próprio povo brasileiro.
De fato pelo caráter dos acontecimentos do dia 15 de março e do dia 12 de abril
a história está se comprovando: a maioria do povo brasileiro não acredita na Rede
Globo em matéria de política e poder.
Mas Dilma tem de abrir os
olhos, porque pouca gente em manifestações de rua contra ela não significa
aprovação de seu Governo, pelos menos para menos de cento e cinqüentas e quatro
milhões de brasileiros que não votaram nela! A fracassada Rede Globo sempre tem cartas nas
mangas para sobreviver política e economicamente!
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