Por Genaldo de Melo
Na falta do que escrever,
aliás, na falta do que fazer mesmo, porque parece que esgotou o manancial de
informações coerentes para matérias de cunho político, para ser distorcido pelo
jornalismo da obediência cega e exata aos princípios elementares do Instituto
Millenium, o jornalista Ricardo Noblat resolveu aventurar-se pelo mundo da
literatura.
Em seu mais recente texto
para o Jornal o Globo ele devaneia e cria uma situação literária do que
aconteceu dentro do Palácio do Planalto quando a presidente Dilma Rousseff delega
uma das principais funções políticas ao seu vice-presidente Michel Temer, a
condição de coordenador político do Governo.
Segundo a sua veia literária,
Dilma Rousseff na condição de Presidente da República largou a sua arrogância
(porque reiteradas vezes ele vem defendendo a tese de que Dilma é a mulher mais
arrogante da República brasileira) e literalmente humilhou-se aos pés de Michel
Temer, para que o mesmo lhe socorresse na árdua tarefa de negociar
politicamente com o Congresso Nacional.
De uma coisa duas, posso
dizer! Se em tempos vindouros Noblat não tiver material para seu jornalismo
político de mentiras e fofocas, e não conseguir tornar-se um best-seller no
campo da literatura, o Palácio do Planalto pode ter certeza que tem espiões
dentro daquele recinto político, ou mesmo grampos ao estilo do bom inglês James.
Porque escrever com uma certeza, mesmo que literária, tão absoluta, ou é puro
desespero para ter que prestar contas ao seu patrão, ou tem de fato coisa
errada dentro do Palácio do Planalto.
Em tese aquele recinto da
administração pública brasileira é um dos lugares mais seguro do mundo. Então nesse
caso, o bom assalariado da turma da Rede Globo, o rapaz que diversos jornais do
país reproduzem sua opinião, deve ter alguém dentro dos espaços que pensam o
Brasil, passando-lhe informações quentes.
É melhor Dilma ouvir a turma
que deu certo até agora, porque senão o bom rapaz acaba até como assessor de
comunicação da República. Pois ele sabe de coisas de dentro do recinto do
Palácio do Planalto que a gente não sabe. É jornalista político ou um novo
Sherlock Holmes político?
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