Pular para o conteúdo principal

Tucanos querem tocar fogo na floresta


Por Genaldo de Melo
 
Reiteradas vezes tenho falado da necessidade de respeitarmos as regras constitucionais em nosso país, bem como respeitar as regras que regem nossa democracia, porque do contrário não estaremos sob tal regime, mas sob um regime de intolerantes que acham que a minoria não deve respeitar a vontade da maioria, causando danos políticos a um país que tem sob sua égide a fama de ser um dos países mais livres de processos de violência política do planeta.

Devemos respeitar a posição daqueles que representam o projeto político que perdeu as eleições de outubro último do ponto de vista político por essas razões apresentadas, mas não podemos de forma nenhuma respeitar a posição de se querer aplicar um golpe em nossa democracia através de pedido de impeachment sem premissas jurídicas de fato. Não tenho mais dúvida nenhuma que alguns indivíduos de forma irresponsáveis estão querendo transformar o Brasil num celeiro de violência com acontece em alguns países do Oriente Médio e da África.

Quando os tucanos insistem nessa questão eles estão não mais respeitando as regras constitucionais, e de forma irresponsável assumem a postura de que não mais precisamos para escolher nossos governantes de processos eleitorais. Isso é extremamente perigoso para o povo brasileiro porque aqueles que defendem os resultados das eleições de outubro último não vão aceitar passivamente como em brancas nuvens uma situação dessa natureza.

A posição do PSDB em solicitar do ex-Ministro da Justiça do Governo de Fernando Henrique, o advogado Miguel Reali Júnior, para que ele prepare uma peça jurídica para criar as condições para afastar Dilma Rousseff da Presidência da República, pautada no discurso de que ela não cumpriu a Lei de Responsabilidade Fiscal, adiando  repasses de dinheiro para os bancos públicos para melhorar as contas de 2014, significa um golpe perigoso para nosso país. 

Desde o fim das últimas eleições que o PSBD e seus assessores midiáticos insistem em não aceitar a derrota eleitoral, e esquecem que as eleições que escolherão o próximo governante somente acontecerão em 2018, e não cabe golpe contra a Constituição. Diziam no período eleitoral que a turma de Dilma Rousseff queria dividir o Brasil, e acham que somos beócios prá não enxergar que é exatamente isso que eles querem fazer agora. O medo é que partir de agora de forma inconsciente comecemos no país um processo de lutas de dois lados que desemboque em violência, e o Brasil não tem histórico disso como outras nações do mundo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LITERATURA

 

A cada dia aumenta o número de pré-candidatos em Feira de Santana, agora é Dilton Coutinho

Por Genaldo de Melo Mais um nome entra na fogueira das discussões e cogitações para ser candidato ao Paço Municipal em Feira de Santana, e o assunto não deixa de ser cogitado hoje em rodas de conversas, jornais, sites e blogs, além do mundo política da cidade. Dessa vez surge como candidato o radialista Dilton Coutinho, nome bastante conhecido nos meios de comunicação local. Ontem em entrevista no seu programa Acorda Cidade na rádio Sociedade de Feira FM o deputado federal Fernando Torres (PSD) disse ser pré-candidato a prefeito, mas caso Dilton resolva ser do mesmo modo, ele oferece seu partido para abrigar o comunicador como candidato: “Eu sou pré-candidato a prefeito de Feira de Santana, mas se você for Dilton Coutinho eu abro mão. O PSD está a sua disposição amigo Dilton Coutinho”, disse Fernando Torres, presidente do PSD no município. Do mesmo modo a discussão apareceu ontem na Câmara de Vereadores pela vereadora Eremita Mota (PDT e pelo vereador David Neto (PTN).

A verdade sobre o esvaziamento das palavras golpe e "Fora Temer"

Por Genaldo de Melo Com a falta de povo nas ruas a mídia trabalha constantemente o esvaziamento do sentido real da palavra "golpe" que está acontecendo de fato.  A palavra "golpe" repete-se, repete-se, e repete-se como um mantra que perdeu o significado.  Num momento tão crucial como este, em que o projeto de governo eleito pelo voto democrático está sendo trocado por outro completamente diferente e que não passou pelo crivo das urnas, substituíram as grandes mobilizações de massa pela ação individual alegórica, pois se pulverizou a indignação popular apenas na palavra “golpe” nas redes sociais e em cartazes.  É impossível não notar que isso ocorre ao mesmo tempo em que a tradicional mídia jornalística trocou a aguerrida cobertura dos acontecimentos econômicos e políticos por um atual tom de meras trivialidades.  Quem acompanha o noticiário político e econômico não deixou de perceber que a mesma indignação que impulsiona inúmeras matérias jornalísti...