Por Genaldo de Melo

Quando falamos ou
escrevemos que temos um Congresso Nacional na sua grande maioria formado na
atual conjuntura política por conservadores, corruptos e atrapalhados, muita
gente não concorda, porque não quer saber, ou mesmo não sabe a diferença
fundamental de projetos políticos.
A maioria dos
parlamentares não querendo entender seus papéis na democracia representativa
que somos, brigaram de forma contundente para derrubar Dilma Rousseff, que teve
54 milhões de votos. Não entenderam que ela foi eleita, e deveria governar até
2018, mesmo discordando dela. E ela caiu politicamente e não judicialmente,
pois não se descobriu provas de crimes contra a mesma.
Deputados e senadores
que empreenderam o discurso de que deveriam tirar o PT do governo
judicialmente, e não através das urnas, em sua grande maioria estão todos
encrencados na justiça pelos mais variados crimes políticos. O governo não era
do PT, era de um conjunto de forças partidárias, que logicamente tinham na
coordenação um quadro do PT.
A crise colocada na
conta do PT, está cada vez mais mostrando suas máscaras de que nunca foi uma
crise provocada pelo PT, mas uma crise que diversas vezes as forças políticas
de esquerda vinham dizendo que era por conta da desenfreada capacidade de
investimento a nível mundial em capital especulativo, em detrimento do capital
produtivo.
Como Michel Temer e
seus conservadores, corruptos e atrapalhados, deputados, senadores e ministros
não conseguem solucionar a crise que atribuíram à Dilma Rousseff, aguerridos
deputados do golpe parlamentar agora discursam contra seu próprio bode sala.
O mais vergonhoso de
todos chama-se Paulinho da Força Sindical. Vergonhosamente deputado e
sindicalista eleito com a força política do movimento sindical paulista, que em
vez de lutar como um quadro da democracia representativa em favor dos
trabalhadores, enveredou pelo caminho do golpe em defesa dos interesses dos
grandes empresários brasileiros e do exterior.
Esse
"nobre" deputado, que o Brasil inteiro sabe que está encrencado com o
judiciário brasileiro por crimes contra o erário publico, simboliza os erros
cometidos em tirar do governo quem foi eleita democraticamente nas urnas, para
imprimir a desgraça do distúrbio institucional no país.
Reza a Constituição
que governa quem tem voto nas urnas, e somente sai do governo quem comete crime
comprovado, que não foi o caso, tanto que Temer continua suplementando recursos
públicos e não é crime (pedaladas foi o nome colocado nisso porque Dilma andava
de bicicleta todas as manhãs em Brasília).
Paulinho e outros
parceiros precisam agora descobrir um discurso nobre para os seus, e não ficar
agora dizendo que Temer é pior do que Dilma. Agora é tarde, e precisa ter
cuidado para não perder o ministério de que nada entende...!
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