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A Odebrecht também conspirou contra Dilma

Por Genaldo de Melo
A cada novidade que surge da novela Odebrecht e suas delações vão se clareando as coisas, e demonstrando que nunca houve essa aliança que a mídia tenta imputar a qualquer custo entre a empresa e Dilma Rousseff. Pelo visto Marcelo Odebrecht na sua ânsia de ficar livre da prisão de Curitiba tenta contribuir com os verdadeiros criminosos que estiveram envolvidos em tudo que não presta, mas estavam escondidos pela própria mídia seletiva. Como desconfia Fernando Brito parece que Dilma fez a mesma coisa com a Odebrecht que fez com Cunha, não apadrinhou as coisas erradas e tudo veio à tona, mesmo todos conspirando contra o seu governo, tirando a mesma do Palácio do Planalto sem provas, sem dó, nem piedade e nem respeitando 54 milhões de brasileiros com direto a voto, que decidiram que queriam a continuidade do governo  da primeira mulher Presidente da República no Brasil. Repasso abaixo a excelente análise do jornalista em seu blog O Tijolaço:

Cada vez mais, sinais de que a Odebrecht conspirou contra Dilma


Publicado no Tijolaço. 
POR FERNANDO BRITO


A matéria, hoje, no Congresso em Foco, na qual  o ex-diretor da Odebrecht João Nogueira diz que o empresário Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo, fez ameaças a Dilma Rousseff para tentar frear as investigações da Operação Lava Jato, ´mais um sinal de que há, entre a empresa e o PT uma relação de ódio, não de cumplicidade como se transmitiu à opinião pública.

Segundo o delator Marcelo sinalizou que revelaria documentos sobre repasses ao caixa dois da campanha de 2014, na qual Dilma e Temer se reelegeram. “Ela cai, eu caio”, teria dito o empresário em mensagem de celular em poder dos investigadores.

Ora, Marcelo foi preso quase um ano antes da deposição de Dilma e, portanto, a mensagem é anterior á sua prisão, pois não poderia tê-la mandado desde o cárcere. A ordem do raciocínio, pois, é inversa: “eu caio, ela cai”.

Na versão do delator, o herdeiro da Odebrecht queria que Dilma interferisse no caso, induzindo o STF a afastar o caso de Sérgio Moro. E está claro que que se irritou com o fato de que ela não o fez. Ou seja, Dilma não tomou – e quem a conhece sabe que não o faria, qualquer iniciativa para obstruir a Justiça, mesmo que uma justiça caolha e autoritária como a que se faz na Lava Jato.

A pergunta – que as fartas contribuições aos adversários da ex-presidente (o interno, Temer, e o externo, Aécio) só fazem tornar mais instigante  – é o quanto as delações, que vieram após a deposição de Dilma, contêm de vingança e de retaliação a quem, na visão deles, poderia ter travado o processo que os incriminou.

Outras indagações ocorrem – aliás, só não ocorrem, aparentemente, à mídia e aos procuradores e ao juiz Moro – se havia uma relação de promiscuidade financeira pesada, da ordem de, pelo menos, dezenas de milhões de dólares, é que não houvesse, para o mesmo fim, um canal de comunicação do Michel Temer.

A Odebrecht vai, cada vez mais, assemelhando -se a um papel de Cunha-2: formalmente, uma aliada; na prática, uma conspiradora que saiu tosquiada  de todo este processo e, agora, dá seu abraço de afogado a seus desafetos.

Ou, no mínimo, se presta a boneco de ventríloquo, que articula, falsamente, aquilo que seus manipuladores querem que seja dito.

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