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O universo paralelo dos vendedores de ilusões

Por Genaldo de Melo
A <a href="http://viagemeturismo.abril.com.br/paises/croacia-3/">Croácia</a> possui um litoral recortado, repleto de ilhas paradisíacas
Foto: Ilha de Telascica, Croácia

Desde que começou a Operação Lava Jato que se tem a noção de que uma campanha eleitoral em 2018 vai ser totalmente diferente do que foi em 2014. Qualquer empresário que quiser financiar uma campanha, legal ou ilegalmente, mesmo que tenha interesses de manter seus lobistas no Congresso Nacional, vai pensar duas ou três vezes antes de cometer esse ato.

Além disso, as chamadas reformas impostas por esse governo chamado de transitório estão fazendo com que a sociedade brasileira não se posicione eleitoralmente do mesmo modo que em 2014 nas eleições de 2018. Ou seja, os cidadãos brasileiros ainda vão ter bastante tempo até lá para sentir os desastres na própria pele (são os fatos que demonstram isso) para pensar duas vezes antes de escolher seus próximos representantes, tanto para o Legislativo como para o Executivo.

Mas têm alguns políticos que parecem que estão vivendo num mundo paralelo à realidade que transitam politicamente. Nesses últimos dias pateticamente dois políticos que estão sob o brilho da imprensa cometeram deslizes que ultrapassam a compreensão de quem entende pelo menos um pouco da política. Falamos aqui do deputado federal baiano, Arthur Maia (PPS), e do atual prefeito de São Paulo, João Dórea (PSDB).

O primeiro, Arthur Maia, parece que está vivendo num conto de fadas, e que nas próximas eleições vai conseguir muito dinheiro de operadoras de previdências privadas para comprar seus votos suficientes para continuar no Congresso Nacional. A realidade dele deve ser muito diferente da do povo, mas ele parece que não tem assessoria para se aconselhar, ou está de fato assumindo que é empregado de empresários que financiaram sua milionária campanha de 2014. Este vive tão distante da realidade do povo e dos fatos, que em entrevista recente na página de Facebook da Câmara disse que não ver nada demais em o povo trabalhar até os 65 anos para se aposentar.

O segundo, o prefeito de São Paulo, parece cego da realidade. Quando todo o país está mobilizado nas redes sociais, nos movimentos sociais e nos sindicatos, para ocupar as ruas no próximo dia 28 de abril na greve geral, ele chama o povo é para colocar camisas da CBF e levar bandeiras brasileiras para as ruas para defender as reformas trabalhista e previdenciária. Talvez inebriado pelo seu ar condicionado e pelo cheiro de seus bajuladores em cada espetáculo “janiano”, aconselhado pelo seu livro de cabeceira de Robert Greene e Joost Elffers, disse abertamente que o povo está a favor das reformas.

O que impressiona nesses homens que defendem com unhas e dentes as reformas trabalhista e previdenciária é a naturalidade como falam como se o povo não existisse, e que agora com o avanço das tecnologias das informações e das redes sociais, a memória do povo vai ser tão curta ao sofrer na pele as crueldades em tão pouco espaço de tempo até 2018 para esquecer de tudo. O Primeiro deve tomar melhor conta de sua base eleitoral na Bahia, porque vai vim “cassetada” nas urnas, e o segundo ainda tem pela frente seus criadores paulistas, o mineirinho, e o povo paulista, que logo vai se cansar do circo que ele está fazendo para ele mesmo.

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