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Vereador é autoridade menor em Feira de Santana

Por Genaldo de Melo

Autoridades menores do mundo político em Feira de Santana ainda não compreenderam, ou não querem de modo nenhum admitir, como são as regras de se fazer política em torno do grupo do Prefeito José Ronaldo. Vereadores quando fazem parte do grupo político liderado pelo prefeito são descartáveis como copos de plásticos, basta somente um pequeno arredio para ficarem marcados e não receberem as benesses do Governo Municipal que lhes garantem votos nas urnas em próximas eleições.

As experiências são muitas, e basta passar um olhar pela história da política recente liderada pelo alcaide para se ver que quem não reza na cartilha azul do mesmo, muitas das vezes são personagens de apenas um mandato de vereador. O grande exemplo de quem fica reclamando do Governo Municipal perto de fofoqueiros foi o do ex-vereador Tonhe Branco, que numa eleição teve seus 3.900 votos e na outra somente 500 e poucos. A crueldade tem sido uma das mais letais armas para se manter coeso um grupo de autoridades menores como, por exemplo, os vereadores de primeiro mandato.

Não seria diferente o tratamento dado por membros do Governo em eventos públicos em relação a essas autoridades menores. Dessa vez foi o vereador novato João Bililiu, vice-presidente da Comissão de Educação, que reclamou, segundo o site Voz de Feira, de que foi desprezado pela Secretária da Educação do município em evento numa escola do Bairro Mangabeira. E ele queria o que mesmo? Que a nobre Secretária mudasse o script de sempre, em que autoridades de dentro do governo se acham maiores que aqueles que tiveram votos? Ela fez o de sempre, considerou o mesmo como uma extensão do Governo Municipal, que mesmo que não dê o mínimo de atenção ele vai sempre votar nos interesses do Alcaide!

Fica a lição para o nobre vereador de que não adianta ele chegar à Câmara de Vereadores e votar contra o povo, especialmente contra os nossos educadores em favor dos interesses do grupo de seu líder político, porque mesmo com seus suados votos, a Secretária não precisou de votos para ser uma autoridade bem  maior do que ele.  E ainda tem mais, ele precisa tomar cuidado porque como vereador da base está sendo vigiado o tempo todo para não poder querer se zangar e ficar reclamando do prefeito, porque quando  a informação chega aos ouvidos do mesmo, chega deturpada e em tamanho maior do que outros crimes.

É assim que tem sido o roteiro do grupo político que hoje hegemoniza em Feira de Santana em torno de si os chamados poderes de decisões. Ninguém chega â Câmara de Vereadores senão com muito trabalho e liderança ou então com necessário “apoio” do líder. Ou se baixa a cabeça e engole alguns sapos ou então vai ficar ruim com seus eleitores, porque nada tem a oferecer. Autoridades pequenas em Feira de Santana somente são líderes de fato quando se têm estrutura política, senão deve se contentar com um mandato e brigar por migalhas para tentar outro.

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