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A HISTÓRIA É A PROVA DOS NOVE PARA OS ANÕES POLÍTICOS

Por Genaldo de Melo

Há muito tempo que o povo brasileiro decidiu a partir da observação de todos os processos obscuros e estranhos desse governo atual, de que não aceita ser governado por forças políticas sem votos e sem projeto nenhum, tanto administrativo quanto de poder propriamente dito, conforme resultados de todas as pesquisas de todos os institutos. O povo sabe muito bem que governos golpistas não têm absolutamente nenhum compromisso com o próprio povo, senão apenas com quem financia os próprios golpes políticos.

Se o discurso de que aprovar em regime de urgência uma emenda constitucional que permita eleição direta para escolher um presidente que possa ser uma ponte segura até 2018 é um golpe do povo contra a democracia como afirmam os próprios golpistas, o que significam então as mudanças constitucionais de regras trabalhistas e previdenciárias senão golpes baixos contra o próprio povo? Mudar a Constituição contra o povo pode, mas mudar a Constituição para estabelecer a democracia não pode, porque segundo a narrativa de quem não tem voto o próprio povo está querendo cometer um golpe contra ele mesmo.

Não adianta substituir um golpista por outro golpista, porque ele vai ser naturalmente, segundo todos os prognósticos, tão ou mais impopular que o atual senhor dos anéis do Palácio do Planalto. O povo concebe a narrativa mais lógica possível dentro de uma democracia, ou seja, governar sem o voto popular significa que sempre o governo não vai está absolutamente representando povo, mas vai representar naturalmente os interesses mais escusos de quem não está absolutamente preocupado com o próprio voto popular, prerrogativa das democracias.

Substituir um anão político por outro anão político mais ainda para implementar regras constitucionais que prejudicam tanto a população brasileira como o próprio Estado brasileiro não vai resolver os problemas políticos por qual passa o país, do contrário vai aumentar a barbárie social e política. Anões políticos são sempre pessoas que pensam pequenos e acreditam que viverão para sempre nos palácios usurpados de quem tem o respeito das próprias urnas.

Se Michel Temer (PMDB) teve da última vez em que foi candidato a alguma coisa nesse país apenas cerca de 90 mil votos, o novo queridinho da Rede Globo e do mercado interessado em reformas contra o povo, Rodrigo Maia (DEM), teve apenas 53 mil votos, e portanto não lhe dá nenhum direito de ser Presidente da República no lugar de quem teve 54 milhões de votos. O nível de resistência à raciocínio dessa turma de políticos anões é tão grande que eles não estão medindo a exata noção do que está historicamente acontecendo.

Com a iminente queda de Michel Temer e em ponto de tomar posse o deputado federal de poucos votos, Rodrigo Maia, e não ouvir o povo da necessidade urgente de se fazer eleições diretas nesse país, significa que entraremos literalmente em trevas políticas, porque ninguém, absolutamente ninguém, vai se tornar governo popular para tocar reformas desastrosas. E pelo andar da carruagem, e a continuar a cantilena golpista, mais da metade dos atuais ocupantes do Congresso Nacional não volta mais ao poder, e de forma extraordinária a esquerda voltará o poder para governar para todos, e não apenas para 1% da população brasileira.

Ao não se convocar o Congresso Nacional para promover eleições diretas urgente nesse país, para restabelecer a democracia plena, a narrativa das forças políticas de oposição atinge o objetivo do “Fora Temer”, e começa outra cantilena do “Fora Maia!”. E a própria história sempre foi cruel com quem quer governar que acha que suas próprias opiniões autoritárias podem substituir as vozes das ruas. A história é prova dos nove, como dizia o homem de Florença!

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