Por Genaldo de Melo

Cada vez mais existem pessoas no Brasil que
acham que os brasileiros são verdadeiros trouxas e que acreditam em coelhinho
da páscoa. Depois que seu marido o ex-deputado federal, Eduardo Cunha, passou mais
de nove meses enganando a todos e utilizando as prerrogativas do Regimento
Interno da Câmara dos Deputados para se manter no cargo e manter o quase eterno
discurso de que não recebera propinas da Petrobrás, agora aparece a
jornalista Cláudia Cruz para tentar viabilizar o discurso de que não sabia de
nada das fontes do dinheiro que gastou no exterior com compras de luxo, em
cerca de R$ 1,5 milhão.
Seria o cúmulo do absurdo acreditar numa
história dessa natureza oriunda de uma mulher que em tese é inteligente, tanto
que foi jornalista da Rede Globo de Televisão, antes de conhecer o homem que
certa vez em entrevista ela disse que o que mais admirava nele era sua
honestidade. É dose para embriagar elefante, que somente pode enganar o juiz
Sérgio Moro ou nosso Ministério Público Federal, mas não os brasileiros de bom senso e juízo no lugar!
Mas foi exatamente isso que ela contou essa
semana em depoimento (indagada pelo seu advogado) ao Juiz coordenador da Lava Jato, que antes de Eduardo
Cunha ser preso ele dizia que não convocava ela porque não sabia exatamente
aonde a encontraria para encaminhar a intimação. Se o Ministério Público
acreditar que ela está dizendo a verdade, de que não sabia do dinheiro sujo de
Cunha, podemos definitivamente dizer que parcela de nossa justiça não é séria e está de
fato servindo abertamente para fins políticos no Brasil.
A “inocente” Cláudia
Cruz se recusou a responder às perguntas do juiz Sérgio Moro e do representante
do Ministério Público e somente falou ao ser questionada por seu próprio
advogado. Ela disse que tinha apenas um cartão de crédito do banco Julius Bar e
não sabia da existência de uma conta corrente vinculada ao cartão, e disse que quando
seu “bom” marido ouvia falar em dinheiro de propina na Suíça ficava indignado
e batia com as próprias mãos com muita força nas mesas.
Respondendo a ação penal por
lavagem de dinheiro e evasão de divisas a jornalista disse que sempre que
indagado Cunha dizia que trabalhava com comércio exterior e com apostas em
bolsas de valores, e que tinha patrimônio no mercado imobiliário. Dinheiro que
antes da prisão de seu marido, simplesmente desapareceu das suas contas
pessoais, e os juízes não têm a mínima notícia dessas transferências
milionárias que segundo fontes jornalísticas ultrapassavam R$ 220 milhões.
Simplesmente estarrecedor
esse depoimento da jornalista Cláudia Cruz, que casada com um verdadeiro
mafioso da política brasileira, em tantos anos de convivência e fazendo compras
sempre milionárias no exterior para uma vida de luxo, simplesmente diz diante
do Ministério Público que não conhecia a origem do dinheiro de seu próprio
marido de tantos anos de casamento. Essa é a vergonha que impera no Brasil de
Cunha e Cláudia...!
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