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O povo dormindo ao relento e os vereadores calados em Feira de Santana

Por Genaldo de Melo
tre-ba-recadastramento-biométrico
Aproximando-se do prazo final para que todos os cidadãos feirenses tenham que fazer o recadastramento biométrico da Justiça Eleitoral, e vergonhosamente continua a saga e sofrimento dos mesmos, que para ter que cumprir com a obrigação do voto, praticamente tem que dormir ao relento no entorno do Cartório Eleitoral.
Além de saber que deve passar por essa tortura, grande parcela dos cidadãos que não tem dinheiro para comprar perfume francês, ou frequentar o Boulevard, ainda sofrem com o terrorismo mediático de que se não se recadastrar desse modo, podem perder o auxílio do Bolsa Família.
O que mais impressiona nesse impasse todo é o silêncio quase que absoluto de duas instituições que deveriam servir de voz e instrumento da sociedade feirense para se não resolver pelo menos articular e negociar soluções para o problema: trata-se da imprensa local e da Câmara de Vereadores.
A tradicional mídia local, com algumas exceções é bom que se diga, em vez de denunciar e formar a opinião para pressionar para que os cidadãos não passem por aquela humilhação para poder votar e escolher seus representantes politicos, preferem sensacionalizar a violência local e transformar em estrelas políticos de brilho falso.
Mas vergonha maior ainda é o silêncio de túmulo em relação ao assunto da Câmara de Vereadores local. Considerada pela própria população de Feira de Santana como uma das piores legislaturas, com vereadores eleitos pelos cidadãos que estão madrugando ao relento para inclusive depois votar nesses mesmos elementos, a chamada Casa da Cidadania pelo ridículo papel de não se posicionar pela solução do problema, está mais parecendo uma casa de comadres.
Como os vereadores "naturalmente" não devem enfrentar filas para fazer o recadastramento biométrico, parece que eles querem mesmo é que povo feirense se dane, pois eles acreditam piamente que o próprio povo não tem memória. Por enquanto assim caminha a humanidade!

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