Por Genaldo de Melo

Confesso que já tinha visto de tudo nos últimos tempos em relação aos xingamentos e às definições conceituais no mundo da política. Depois da literal criação do ódio a partir da opinião da imprensa tradicional, principalmente da Rede Globo, já vi gente chamando de fascista quem não é, e vice-versa, de comunista quem nunca foi, de salvador da pátria notórios corruptos, e outras coisas mais cabeludas.
Mas para minha surpresa o sucesso agora nas redes sociais é chamar Lula e o PT, que governou o Brasil durante treze anos, de comunistas. Aliás, os "grandes iluminados intelectuais" que inventaram isso chegam a dizer que caso Lula vença as próximas eleições, o Brasil será uma República comunista como a Venezuela.
Quem faz isso não é mentecapto, na realidade trata o povo brasileiro que utiliza as redes sociais e não dispõe de tempo para estudar de mentecapto. Lula nunca foi comunista e todo mundo sabe disso. E o PT apesar de também ser formado por comunistas, a maioria absoluta de seus membros nunca foram, não são, e nunca serão comunistas.
Mas apesar de não ser comunista, Lula sempre se diferenciou de todos os outros governos de nossa frágil República, porque ele sempre representou a classe trabalhadora, sem alijar o pensamento de que o Brasil tem que ter ricos para gerar empregos.
Lula em suas ações voltadas para os mais pobres, sempre visou a diminuição das desigualdades sociais, inserção das classes mais baixas no mercado de consumo, acesso dos desfavorecidos, negros, índios, no ensino superior por meio de cotas e ações afirmativas, e outras coisas mais, sem alterar o quadro geral e estrutural de grande desigualdade nesse país capitalista chamado Brasil.
Chamar Lula de comunista, e não estudar o que significa comunismo, não estudar a história e não dialogar com a realidade, é dá uma assinatura de escabrosidade. Mas como tem gente prá tudo, vamos também inventar uma nova ciência a ver: o "burrismo teórico". Ciência aliás que não tem membros apenas de partidos políticos de direita, mas também nobres jornalistas de plantão e acadêmicos de orelha de livro.
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