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O novo ditador de Porto Alegre e a desobediência civil

Por Genaldo de Melo
A luta política no Brasil deve se acirrar em 2018, substituindo o debate necessário de propostas para resolução da grave crise que enfrentamos pelo disparate da grosseria erística e da utilização da força propriamente dito. Com Lula absoluto nas pesquisas e a direita sem um nome que seja páreo, esta aos poucos definitivamente vem demonstrando que não vai participar do processo de forma civilizada, conforme exige a democracia.

Com a iminente possibilidade de Lula ser condenado pelo TRF-4, ainda sem provas convincentes que demonstrem de fato à maioria dos brasileiros que o quer como presidente de novo, que o mesmo de fato cometeu os crimes que lhes são atribuídos, é uma prerrogativa e um direito constitucional de todos aqueles que não concordam com isso poder protestar em Porto Alegre, desde que não se ultrapasse os limites daquilo que é permitido nas mobilizações populares, ou seja, realizar o protesto democrático, respeitando as regras constitucionais.

Mas parece que o prefeito de Porto Alegre, alinhado com às forças políticas que não vencem eleições presidenciais nas urnas em reiteradas quatro vezes seguidas, não concorda que o povo possa realizar seu protesto em defesa daquele que ele acha que deve ser o próximo Presidente da República, conforme todas as pesquisas eleitorais realizadas até então, e que segundo esse mesmo povo ele está sendo desonestamente perseguido política e judicialmente.

O povo quer realizar, e vai realizar conforme todos os prognósticos, uma grande mobilização em favor de Lula em Porto Alegre no próximo dia 24 de janeiro, porque entende que existe de fato perseguição contra o ex-presidente. E quem está dizendo que essa perseguição é um fato verídico é o próprio povo que quer protestar na capital gaucha, conforme a última pesquisa realizada pelo Instituto Idéia Big Data.

Mas o direito a realizar protestos em Porto Alegre, no dia do julgamento em segunda instância de Lula, está sendo considerado pelo senhor Nelson Marchesan Júnior como desobediência civil, tanto que além de aprovar às pressas uma lei municipal proibindo protestos na cidade com pesadas multas para quem fizer (como na época da ditadura militar), inacreditavelmente ele encaminhou “oficialmente” a Presidência da República a solicitação da presença da Força Nacional e do Exército Brasileiro, porque segundo suas justificativas nas entrelinhas o povo vai fazer uma guerra civil.

O medo de Lula, e o comprovado nojo de povo, estão fazendo esse “nobre” homem público alinhado com as forças políticas que comprovadamente vêm demonstrando em suas atitudes que não têm coragem de enfrentá-lo nas urnas, a adoecer mentalmente, e comprovando também que o que querem mesmo é de novo a Presidência da República sem a participação do próprio povo, ou seja, sem voto. Agora somente falta aquele outro doente político que está sentado na cadeira principal do Palácio do Planalto, aceitar as justificativas e liberar as Forças Armadas contra o povo em Porto Alegre. Coisa mais ridícula!

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