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Lídice da Mata pode continuar como senadora da República

Por Genaldo de Melo
lidice plenaria foto ascom
A situação do grupo político hoje coordenado por Jacques Wagner, Rui Costa e Otto Alencar para decidir sobre quem deve ser candidato ao Senado Federal não é tão fácil como parece à primeira vista. Principalmente porque em qualquer decisão que se tome sem um esclarecimento mais enfático em relação a senadora Lídice da Mata, grande parcela dos eleitores baianos não vai entender como se pode alijar do processo uma das melhores senadoras do Brasil.

Cabeça de eleitor não funciona como a cabeça dos estrategistas do processo, e principalmente eles não sabem o que significa a posição do deputado estadual Ângelo Coronel como presidente da Assembléia Legislativa da Bahia. O que o eleitor sabe no Estado é que Lídice como senadora cumpriu seu papel, e grande maioria dos mesmos a quer de novo no Senado Federal como representante da Bahia.

A lógica dos bastidores da política é tão cruel como a frieza de um túmulo, mas a lógica das urnas é totalmente incompreensível. Os próprios chefes dos grupos políticos que giram em torno do governador Rui Costa sabem que depois daquela acachapante derrota do carlismo para Wagner em 2006, qualquer análise que se fizer de como funciona a cabeça do eleitor baiano se reveste de imprevisibilidade. Coisa também comprovada com Rui Costa, que era tido como favas certas sua derrota, e ele ganhou no primeiro turno.

Não é exagero nenhum dizer que uma candidatura paralela de Lídice da Mata perturbará, e muito, o processo eleitoral. Até mesmo porque, com todo o capital eleitoral de Rui e Wagner, de Otto Alencar e João Leão, com todos os seus prefeitos, Lídice tem capital político no imaginário dos baianos que causa inveja a qualquer cidadão que queira galgar cargos púbicos.

Mas nesse processo tudo pode acontecer, até porque a própria Lídice da Mata, mesmo se movimentando nos bastidores, também pode ser uma grande incógnita, até mesmo porque ela nunca mudou de lado, e sempre foi fiel aos parâmetros ideológicos que os partidos hegemônicos no Palácio de Ondina têm como teses centrais. A eleição é logo ali, quem viver verá!

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