Por Genaldo de Melo

A política como coisa em si não se parece
nada com as águas de um lago represado, parece mais com o turbilhão de uma tempestade
que muda o sentido das nuvens mais rápido. De modo que, o que está posto hoje no
tabuleiro do xadrez político pode virar ventos fortes amanhã.
Essa é a tese defendida nas entrelinhas pelo
governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), quando diz que muitas das
candidaturas que estão postas hoje podem naturalmente se desmanchar até o
início do processo eleitoral. Por isso que a candidata do seu partido, Manuela
D’Ávila (PCdoB), mantém-se no páreo como proposta para a sociedade brasileira.
E no auge da sua lucidez, o governador
maranhense ocupou um espaço de opinião que poucos membros da esquerda parece
que não ocupa, ou por falta de coragem ou pelas premissas de incertezas que
essas eleições estão condicionando a todos. Segundo ele caso Lula seja
candidato, todos os demais candidatos do campo progressista devem acompanhá-lo,
porque é certa a vitória.
Essa tese da união das esquerdas em torno de
Lula, caso os golpistas do judiciário político e do jornalismo da obediência
não promovam mais outros golpes contra a perfeita ordem de nossa democracia, é a
mais correta nesse momento de incertezas. Caso contrario com candidaturas praticamente
“soltas” na esquerda e no centro, não teremos segundo turno com a participação
de forças políticas mais alinhadas com os interesses nacionais.
A opinião de Flávio Dino nesse momento é a mais
correta. Manter a candidatura de Manuela D”Ávila até julho, mas defender a
participação de Lula nas urnas, e assim sendo, unir todos em torno do maior
líder popular vivo hoje no mundo, que é Lula, em um projeto comum de nação.
Quanto a sua situação no Maranhão, parece que
algumas pessoas devem entender melhor as entrelinhas de seu discurso para não
olhar para trás e virar estátua de sal, como o personagem bíblico de Ló, do
Livro de Gênesis.
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