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Tapete pequeno não esconde sujeira

Por Genaldo de Melo
Nesse início de semana acompanhei muitos rumores nas redes sociais sobre a rudimentar opinião contra a liberdade de imprensa e de expressão em editoriais do jornal “O Estado de São Paulo”, segundo os quais blogueiros e jornalistas “chapa branca” (Diga-se  todos aqueles que foram contra a tomada do poder não pelo voto, mas pela força das regras regimentais do Congresso Nacional) são culpados por criar a imagem negativa para o mundo de que o Brasil sofreu um golpe, como se golpe não fosse o que fizeram todos esses políticos “santos” que começam a partir de revelações nada “santas” de suas posturas políticas a deixarem o Governo interino.

Confesso que inicialmente não tinha lido com tanto interesse os editoriais do Estadão que causaram tanta polêmica nos meios formadores de opinião que não são ligados aos verdadeiros “chapas brancas”(porque esse termo é usado exatamente para quem defende o Governo, e o Governo por enquanto é Michel Temer, que eles tanto defendem). Mas a partir da opinião de Cynara Menezes de hoje no “O Cafezinho” já deu para entender porque a Família Mesquita está tão preocupada com os “Blogueiros Sujos”. É porque todos esses jornalistas e blogueiros estão mostrando para a parcela da população brasileira consumidora de imprensa, bem como para o resto do mundo afora, o que realmente aconteceu no país, ou seja, ao colocar Dilma Rousseff numa condição de investigada como se fosse uma criminosa, mesmo sem crime, caracteriza-se em golpe, e pronto!

Para o Estadão falar a verdade dos fatos, doa a quem doer, nas entrelinhas pode ser considerado crime de imprensa. Para o Estadão “O Brasil, sua democracia e suas instituições estão sendo enxovalhados no exterior por uma campanha de difusão de falsidades cujo objetivo é denunciar a ‘ilegitimidade’ do presidente em exercício Michel Temer. Diante da ousadia desses delinquentes (...)” é obrigação que o Itamaraty tome uma resoluta posição política, porque segundo os editoriais o Brasil não merece ser visto no resto do planeta como um país que sofre hermeticamente um golpe sem canhões, sem fuzis e sem baionetas.

Bem, diante dessas “patacoadas” do Estadão não resta muito a dizer a não ser afirmar algumas verdades que doem. Primeiro, se estes blogueiros e jornalistas que padecem de “indigência intelectual e moral” estão conseguindo mostrar para a Opinião Pública do resto do mundo que houve um golpe, deve ser por causa de duas coisas. Ou uma ou outra, ou eles estão realmente falando a verdade, ou a Opinião Pública dos outros países padecem de escabrosidade intelectual e moral.

E segundo, e mais interessante ainda, é que toda essa preocupação com a opinião de blogueiros e jornalistas que não sobrevivem de salários da Família Mesquita, e que está convencendo de fato o mundo de que houve de fato golpe “brando” através da utilização política de regras regimentais apenas do Congresso Nacional, porque segundo a Constituição Federal afastamento sem crime é golpe, prova que o povo não é bobo, e não acredita mais nesses fascículos do Jornalismo da Obediência, que por tanto medo de perder leitores e de perder espaço na Opinião Pública brasileira e mundial, quer a qualquer custo censurar a opinião que não seja das famílias proprietárias dos maiores meios de comunicação no Brasil.

Não adianta os “Mesquitas” mandarem recados para que José Serra tome postura política e mande embora do país o jornalista Grenn Greenwald, um contundente crítico do golpe parlamentar contra democracia brasileira, que vem denunciando para o mundo o golpe político sujo contra o governo de Dilma Rousseff, eleita democraticamente segundo as regras elementares da Constituição Brasileira! Não adianta os "Mesquitas" mandarem seus recados esotéricos para o Governo interino para que possa tomar postura contra blogueiros e jornalistas que vem formando opinião entre os consumidores de imprensa de que o que está acontecendo no país é golpe político de quem não ganha nas urnas. Não adianta de nada a gritaria, porque esconder toda sujeira da história debaixo do tapete pequeno, uma hora vai feder, amigos!

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