Por Genaldo de Melo

Quando escrevo sobre a possibilidade de não haver candidatura de Jair Bolsonaro em 2018 para presidente, muita gente que acredita quase que cegamente que ele será o salvador da pátria, como se os problemas brasileiros fossem somente colocar armas nas mãos dos cidadãos, acha que estou exagerando na dose.
O problema da paixão de alguns cidadãos pelo projeto apresentado até agora por Bolsonaro para a sociedade brasileira é que eles ainda não entenderam que não se vence, ou mesmo se participa de uma eleição presidencial sozinho, sem grupo e até mesmo sem partido político.
Com a crise política estabelecida no Brasil depois do golpe de Estado promovido por Michel Temer e companhia limitada, abriu-se consideravelmente espaços para aventureiros do mundo político, mas é bom saber de antemão que até mesmo aventureiros precisam está agrupados para vencer. E não é necessariamente o caso de Bolsonaro, pois sozinho começou e sozinho continua.
O maior exemplo de aventuras políticas do momento foi o surgimento do aventureiro que pregou o discurso de não ser político, mas bom gestor para vencer as eleições, João Dória. Mas é bom não se esquecer de que ele estava dentro de um grupo político coordenado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. E como não se constrói grupo político em apenas 09 meses como prefeito de uma capital como São Paulo, ele vai ficar no meio do caminho sozinho e com a fama de traidor, e nada mais que isso!
Para Bolsonaro ser candidato viável à Presidente da República ele deveria há muito tempo está consolidado dentro de um partido forte e com credibilidade na sociedade, e ter em sua órbita lideranças políticas com capacidade de articular as forças políticas que detém votos suficientes para se alçar ao Palácio do Planalto. E não é isso que acontece com Bolsonaro, pois desde que se colocou a disposição dos institutos de pesquisas para sondar também seu nome como candidato, ele não sabe qual seu partido ainda, não tem grupo político consolidado, e nem dinheiro suficiente para essa empreitada.
Bolsonaro tem apenas uma parcela da sociedade que não leva à sério a política, e que acredita que se todas as pessoas portarem uma arma na cintura vão se resolver todos os problemas sociais e econômicos do país. Para bom entendedor a capa da revista Veja recente estampando Bolsonaro não diz pouca coisa não, diz tudo!
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