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Finalmente o povo de Feira de Santana tem um dia para se abraçar

Por Genaldo de Melo
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Quando se fala de que temos a pior representação política da história na Câmara de Vereadores de Feira de Santana, muita gente, principalmente formadores de opinião ligados aos edis, correm a dizer que fazemos isso porque não estamos, ou não temos dentro propriamente dito daquela Casa os representantes que queremos, ou porque somos considerados encrenqueiros e até esquerdistas (sem nem mesmo saberem o exato conceito de esquerda e esquerdismo).

Pela lógica das coisas políticas os representantes do povo no legislativo, além de fiscalizar as ações administrativas do Chefe do Executivo Municipal, bem como as ações da própria prefeitura, deveriam apresentar propostas que possam melhorar as condições dos munícipes, bem como contribuir para ajudar o próprio desenvolvimento da coisa pública.

Mas em Feira de Santana funciona tudo ao contrário para literalmente nos envergonhar diante de outros municípios, bem como envergonhar a nossa própria história política. A cada dia os vereadores do município deixam de fazer o papel que lhes foi repassado pelas urnas, que é representar os interesses do povo, para apresentar propostas que não servem, absolutamente não servem para nada.

Essa semana a Câmara de Vereadores, depois de tempos conturbados em que vereadores enxergaram demônios, outros brigaram em plenário, outros quiseram ensinar ao presidente da Casa e ao líder do governo a como fazer seu trabalho, outro colocou uma bandeira brasileira no corpo e chorou por causa de uma exposição de artes em São Paulo, outro aprovou que em Feira de Santana somente existe uma religião, para surpreender e provar mais uma vez que temos o que existe de pior na política, um edil comemora a aprovação do ridículo Dia do Abraço.

Parece que sem uma assessoria que lhe diga qual o exato papel de um membro da Casa da Cidadania, o vereador Luís da Feira (PPL), simplesmente apresentou e teve aprovado, e ainda comemorou a criação do Dia do Abraço. Ridiculamente a Câmara de Vereadores aprovou o projeto de lei 184/2017, definindo o dia 22 de maio como o dia em que toda a cidade deve se abraçar, como se isso fosse a coisa mais importante desse ano que foi aprovada naquela Casa, que deveria ser de seriedade e não de brincadeira.

Nossa principal preocupação agora é que pode até acontecer de outros membros daquela Casa, que votaram inclusive na proposta, e que encrencam com qualquer coisa que para eles não simbolizam valores familiares, possam depois de alguns dias acharem que aprovaram coisa de pederasta, pois esse negócio de abraço para alguns deve somente ser coisa de família, e não de amigos. Ou então...!

E para ainda mais obscurecer a compreensão do trabalho do Legislativo, vem por aí mais uma pérola do vereador Isaías de Diogo (PSC), pois ele acha que colocam conteúdo pornográfico demais em locais de exposição pública. Mas aí já é outra coisa!

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