Por Genaldo de Melo
O Estado brasileiro é totalmente contraditório no
tocante à implantação de Políticas Públicas elementares em defesa de direitos para
grupos sociais que muito contribuíram para a formação de nossa nação. A nossa
jovem democracia não tem cumprido com seu papel de fomentadora de estratégias
de defesa dos interesses da população da Terceira Idade, não reconhecendo
assim, a história dos milhões de brasileiros que derramaram muito suor, para
não somente criar os cidadãos da nossa próxima geração, mas também contribuindo
com a formação de riquezas, que não somente mantem a natureza do mercado, mas
também o próprio Estado como coisa em si.
Criou-se o Estatuto do Idoso com um belo texto, que
apresenta ainda que de forma pobre e pequena algumas ações elementares que
poderiam de fato até ajudar a vida dos homens e das mulheres, que são
superiores em sabedoria e experiência, mas não consegue sair do papel, do
simples papel em forma de cartilhas para leitura, e nada mais.
Mas uma vez o Estado brasileiro prova que é muito bom
em matéria de políticas de balcão, matéria muito boa apenas para corruptos de
plantão roubarem literalmente os cofres públicos, talvez até produzindo
cartilhas bonitas superfaturadas, não conseguindo criar estruturas ou programas
que façam de fato funcionar o que reza o Estatuto do Idoso.
Temos ministérios e secretarias especiais de tudo, mas
ninguém pensa em criar nem mesmo um programa especial no Brasil, com orçamento
próprio, para incluir socialmente parte dos brasileiros da Terceira Idade, que
depois de tanta luta e labuta, não tem acesso aos bens de consumo do mundo
moderno, nem mesmo para se fazer cumprir a lei....
A parte da Terceira idade que recebe a aposentadoria
miserável, depois de tanto sangue esvaído, e tanto suor derramado, deveria
merecer um pouco de respeito do Estado brasileiro! No mínimo um programa
educativo para as novas gerações apreenderem a história viva da Terceira Idade,
para criar consciência de quem faz o próprio Estado, porque senão vai ficar de
mal a pior.
Os jovens nem num transporte coletivo dão assento para
os idosos! Cadê o Estado...?
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