Por Genaldo de Melo
Todas as cidades se orgulham
de seus patrimônios culturais, especialmente aqueles que por sua história e
tradição atraem turistas e geram emprego e renda para suas populações. Mas poucas
são as cidades que têm um Poder Público consolidado na ideia de preservação e
manutenção dos mesmos. Por isso que em várias delas, espaços que recebem
turistas são literalmente abandonados e esquecidos, e em raros casos a própria
população procura preservá-los.
Isso não está sendo
diferente em Feira de Santana onde a tradição e a história vem sendo relegada
ao desprezo e ao abandono. Pelo seu tamanho, importância no contexto sociocultural
e econômico na Bahia, o município deveria ser um grande eixo de atração
turística, inclusive do chamado turismo cultural, por ter tradições e espaços
que pela história chamam a atenção de visitantes de outras localidades.
É difícil compreender como o
Poder Público Municipal ainda não colocou esforços para resolver os problemas
daquele Mercado de Artes que temos. A situação é de total abandono e fica
difícil qualquer cidadão feirense levar um familiar ou amigo que visita a
cidade para fazer compras ou mesmo visitá-lo. Imagine então quem vem fazer
turismo!
Os banheiros do local não
podem ser considerados como banheiros, na realidade parecem com chiqueiros de
porcos, e ainda assim maltratados e sem higiene. O telhado feito de um material
que absorve todo o calor do sol, porque aquilo é Impedância Intrínseca Complexa,
é um verdadeiro inferno a céu aberto. O palco que deveria ser alvo de projetos
e apresentações culturais para atrair não somente turistas, mas também a população
local, que somente tem como referência de lazer os bares, e somente bares
literalmente, é totalmente inoperante e praticamente inativo.
Além disso, no local também
se enfrenta a desorganização do comércio informal. Em torno do nosso famoso Mercado
de Artes desenvolve-se uma verdadeira favela comercial a céu aberto! Quem é
mesmo o turista que vem pela primeira vez em nossa cidade que vai querer voltar
para visitá-la com tantos problemas?
Ali o que se salva ainda é o
elemento humano, aqueles vendedores de artesanato e aqueles donos dos
restaurantes locais, abnegados trabalhadores que estão sofrendo pelo esvaziamento
de pessoas que visitam o local para gerar renda. Somente eles!
Alguém deve resolver aquele
problema porque Feira de Santana precisa do Mercado de Artes!
Comentários
Postar um comentário