Por Genaldo de Melo

Sob o manto da certeza dos
riscos eminentes, diariamente vive a população de Feira de Santana a situação
de calamidade do transporte coletivo oferecido pelas empresas que gozam do
direito de prestar esse importante serviço. Deveras que se comparado com outros
municípios do mesmo porte Feira de Santana pode ser considerada a cidade com os
piores transportes públicos do Brasil.
Na realidade é uma
verdadeira vergonha os vexames e as humilhações para a grande parcela da
população assalariada, que depois de dias cansativos de trabalho e de salários
de miséria tem que se locomover em um ônibus, lotado, desorganizado, e em
muitas das vezes ouvindo os gritos de elementos chamados de motoristas e
cobradores, mal-educados e com cinismo de achar que estão fazendo favores à
população em vez de prestar serviços de qualidade e excelência como garante
prerrogativamente os direitos constitucionais brasileiros.
Mas em Feira de Santana parece
que isso se tornou cultural mesmo! São ônibus coletivos que parecem sucatas
velhas reformadas, vindas de outros municípios com legislação sobre o assunto
mais rígida e pautada na seriedade que o tema exige, incendiando de vez em
quando e colocando em risco as vidas dos feirenses, como aconteceu recentemente
como dois ônibus que faziam a linha do Conjunto Feira IX.
Em relação aos serviços
prestados pelas “topiks” e “vans” para os bairros mais periféricos e para as
comunidades rurais não existe paralelo nos serviços públicos de transporte
coletivo no Brasil. A má qualidade dos veículos aliado ao tratamento e
comportamento por alguns dos responsáveis pelos serviços, porque justiça seja
feita não são todos, não tem paralelo mesmo na história! O povo é desrespeitado
e tratado como produtos não-perecíveis, e mesmo como animais domesticados pelo
chicote metafórico da necessidade de quem precisa fazer diariamente o translado
casa/trabalho e trabalho/casa.
Suas eminências pardas sabem
que os serviços públicos de transporte coletivo prestado pelas empresas e
cooperativas em Feira de Santana não devem deixar de existir, porque é
necessário. O que não pode e não deve, humanamente não deve, é existir ônibus que
podem incendiar a qualquer momento, bem como “vans” que cabem 18 pessoas
transportar 36 passageiros!
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