Pular para o conteúdo principal

A guerra invisível de Feira de Santana


Por Genaldo de Melo
Pistola
Uma preocupação latente tem ocupado os juízos dos homens e das mulheres de bem de Feira de Santana a ponto de em diversos espaços de opinião, tanto na imprensa como mesmo nos bairros populares e comunidades rurais todos expressarem esse sentimento. Essa preocupação nasce a partir do momento do crescimento alarmante da drogadição e da violência que passa dos limites do que é considerado ponderável, tanto nos aspectos de prevenção como de combate.

A violência que antes era restrita em quase sua totalidade ao mundo das drogas, que aliás é comprovado esse fato pelo número de mortes entre os personagens pertencentes ao underground do tráfico de drogas, agora começa a mostrar uma face mais cruel atingido personagens inocentes que não fazem parte deste cenário, mas do mundo dos homens e das mulheres de bem.

É estarrecedor quando você vislumbra um quadro em que crianças são vítimas de balas perdidas, quando assaltantes não apenas traumatizam as pessoas com suas armas de grosso calibre e palavras de forte teor psicológico, e ainda em vários casos simplesmente tiram a vida de seres humanos inocentes que nada têm a haver com isso, e mais ainda, quando você ver jovens e adolescentes armados até os dentes dominando literalmente bairros populares inteiros como verdadeiros donos dos metafóricos territórios de guerra.

O que está acontecendo em Feira de Santana é uma verdadeira guerra invisível, aonde a grande maioria da população não sabe mais o que fazer, pois não se pode usar armas para se defender pois pode assim incorrer no risco de matar algum lixo humano e perder grande parte da vida na cadeia. Considerando que boa parte dos bandidos soltos nas ruas, que aterrorizam e são responsáveis pela violência explícita no município acabam soltos em poucos dias porque têm dinheiro para comprar perfume importado e contratar bons advogados criminalistas.

É bom que quem tem responsabilidade administrativa e política pela condução dos rumos de nosso município comece a olhar melhor esse fenômeno, articulando-se com os serviços de inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia, utilizando melhor a nossa Secretaria de Prevenção e Combate à Violência, bem como formulando políticas de prevenção nos bairros populares e em comunidades rurais, ou então estaremos literalmente em algum tempo numa situação pior do que estamos enfrentando no momento.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LITERATURA

 

A cada dia aumenta o número de pré-candidatos em Feira de Santana, agora é Dilton Coutinho

Por Genaldo de Melo Mais um nome entra na fogueira das discussões e cogitações para ser candidato ao Paço Municipal em Feira de Santana, e o assunto não deixa de ser cogitado hoje em rodas de conversas, jornais, sites e blogs, além do mundo política da cidade. Dessa vez surge como candidato o radialista Dilton Coutinho, nome bastante conhecido nos meios de comunicação local. Ontem em entrevista no seu programa Acorda Cidade na rádio Sociedade de Feira FM o deputado federal Fernando Torres (PSD) disse ser pré-candidato a prefeito, mas caso Dilton resolva ser do mesmo modo, ele oferece seu partido para abrigar o comunicador como candidato: “Eu sou pré-candidato a prefeito de Feira de Santana, mas se você for Dilton Coutinho eu abro mão. O PSD está a sua disposição amigo Dilton Coutinho”, disse Fernando Torres, presidente do PSD no município. Do mesmo modo a discussão apareceu ontem na Câmara de Vereadores pela vereadora Eremita Mota (PDT e pelo vereador David Neto (PTN).

A verdade sobre o esvaziamento das palavras golpe e "Fora Temer"

Por Genaldo de Melo Com a falta de povo nas ruas a mídia trabalha constantemente o esvaziamento do sentido real da palavra "golpe" que está acontecendo de fato.  A palavra "golpe" repete-se, repete-se, e repete-se como um mantra que perdeu o significado.  Num momento tão crucial como este, em que o projeto de governo eleito pelo voto democrático está sendo trocado por outro completamente diferente e que não passou pelo crivo das urnas, substituíram as grandes mobilizações de massa pela ação individual alegórica, pois se pulverizou a indignação popular apenas na palavra “golpe” nas redes sociais e em cartazes.  É impossível não notar que isso ocorre ao mesmo tempo em que a tradicional mídia jornalística trocou a aguerrida cobertura dos acontecimentos econômicos e políticos por um atual tom de meras trivialidades.  Quem acompanha o noticiário político e econômico não deixou de perceber que a mesma indignação que impulsiona inúmeras matérias jornalísti...