Por Genaldo de Melo

Por sua natureza, seus
atributos e suas competências legislativas, a Câmara dos Deputados deveria ser
a casa da cidadania do povo brasileiro, mas ao contrário disso cada vez mais
aquele espaço de poder se perde em papéis ridículos e capazes de escandalizar
nossa sociedade brasileira. Entre os meandros e os acordos escusos somos
totalmente leigos, mas somos totalmente contra, mas quase nada podemos fazer em
relação aos assuntos políticos dos bastidores, pois aqueles deputados estão
imbuídos de tanto poder que nós somos sempre apenas meros espectadores hobbianos.
Dessa vez houve uma
superação na forma de subestimar a sociedade brasileira e as organizações da
Sociedade Civil preocupadas com a defesa dos direitos humanos e das minorias.
Para surpresa de todos os membros da Comissão de Direitos Humanos e Minorias
(CDHM) da Câmara dos Deputados escolheram para a sua presidência exatamente um
indivíduo polêmico e que nas suas posições sempre deixou claro que não gosta de
minorias e principalmente de negros, homossexuais e indígenas. O homem se perde
na palavra e comprovou isso na prática.
A sociedade em levante desde
a semana passada traduz o discurso contra o Pastor Marco Feliciano (PSC),
porque o seu histórico não comprova a capacidade moral de presidir uma Comissão
da importância desta que tem o papel de discutir temas de interesses exatamente
das minorias, que ele com a sua língua ferina sempre atacou.
Evangélicos de todo o Brasil
compreenderam esse fato político tão polêmico e decidiram conclamar a sociedade
evangélica brasileira para tomar uma posição clara, porque parece que o
discurso do deputado Social-Cristão não combina com trabalho que grande parcela
das congregações fazem em nosso país, ou seja, exatamente defender os Direitos
Humanos.
Em carta aberta aos
presidentes e dirigentes das igrejas evangélicas do Brasil nada mais nada menos
que 196 pastores, pastoras e líderes evangélicos de organizações de todo o país
envolvidas com a agenda dos Direitos Humanos estão colocando suas posições
contrárias a permanência de Marco Feliciano (PSC) na Comissão de Direitos
Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados.
Isso comprova que os
evangélicos sérios não concordam com o discurso de determinados elementos que
se colocam como pastores evangélicos para defender posições que não condiz com
a realidade e a luz que o evangelho cristão prega. Agora esperamos somente pelo
menos que os 12 deputados que são evangélicos da Comissão possam entender e revogar
essa decisão absurda que somente suja a imagem do Movimento Evangélico no
Brasil.
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