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Opinar é prerrogativa maior da democracia

Por Genaldo de Melo


 
François Marie Arouet dizia que apesar de não concordar com determinadas opiniões alheias às suas, procuraria sempre utilizar todas as suas forças intelectuais para que elas existissem mesmo assim. Num mundo diverso de opiniões sobre os mais variados temas relevantes e polêmicos na sociedade é melhor a gente se conformar com as mesmas, mesmo que contrarie as nossas. É a prerrogativa da democracia!

Mas tem gente que acha que suas opiniões são as únicas verdades universais e absolutas, capaz de agredir os outros por opinarem diferente, aliás, por ter a capacidade e a liberdade garantida constitucionalmente de pensar livremente sem agredir ninguém, é lógico.

Nessa semana por causa de um artigo que escrevi para meu Blog, reproduzido em outras páginas de internet e no principal semanário de Feira de Santana, coordenado pelo grande e veterano jornalista Zé Coió, recebi em meu correio eletrônico mensagem agressiva de um internauta que se denominou militante de um partido político que defende causas populares, segundo o mesmo.

O artigo se refere a uma opinião pessoal (pois quando escrevo não represento interesses de ninguém ou grupo político) em relação a terceirização dos hospitais Clériston Andrade e Manoel Vitorino, de Salvador e Feira de Santana respectivamente. Escrevi minha opinião porque considero que o processo de terceirização de qualquer serviço público, que deve ser obrigação do Estado, representa a forma mais perfeita e lícita de se estabelecer a corrupção e a roubalheira do dinheiro público.

Se alguém é contra minha opinião a respeito do assunto não posso fazer absolutamente nada, pois todo mundo é livre para pensar o que quiser, inclusive em relação ao que penso e acho da chamada terceirização do serviço público. Não posso fazer a mesma coisa de forma réplica, ou seja, agredir quem é contra ao que penso, porque acho que apesar da não concordância comigo, tenho a mais absoluta obrigação de deixar que assim seja, inclusive sabendo que muita gente usa óculos marrons, símbolos dos anacronismos dos mais fortes dos mais variados grupos de interesses na sociedade.

Prefiro parabenizar as pessoas que tem ideias contrárias a minha e aconselhar a ter ideias próprias, não ter resistência a raciocínios transparentes e claros, e também meditar sobre a frase de Rosa de Luxemburgo “quem não se movimenta, não conhece as cadeias que o prende”.

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